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O Desempregado

Lourenço e Lourival

Eu deixei muitas léguas daqui meu pedaço de chão adorado
Meu sitiozinho na beira do rio onde eu fui nascido e criado
Dez alqueires de terra vermelha e um pedaço de pasto formado
O perigo lá não existia
De janela aberta dormia me arrependo de lá ter mudado.


Lá no sitio eu colhia de tudo, o café, arroz e o feijão
A verdura sobrava na horta, quantas frutas perdia no chão
O paiol bem cheinho de milho, pra tratar bem das criação
Minha luz era a lamparina
E a água eu buscava na mina sem um pingo de poluição.

O que vida gostosa que eu tinha lá naquele lugar sossegado
Levantava bem de manhãzinha sentindo o cheiro do gado.
Tinha porco, cabrito e carneiro e galinha por todo o lado
Um cavalo ligeiro na lida
Uma junta de boi escolhida pra puxar o carro e o arado.

O destino mudou minha vida só Deus sabe o que tenho passado
Hoje moro com a minha família aqui nesse barraco apertado
O serviço não tem todo dia e aqui ninguém vende fiado
Lá deixei minha felicidade
Vendi tudo e vim pra cidade hoje eu sou mais um desempregado.

Composição: -





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