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Versos Aos Pés do Homem

Tião Carreiro e Pardinho

Deixei distante a família pra vir à brasília senhor presidente

Conduzido por um tema de um sério problema que acaba com a gente

Minha bagagem é o fracasso mas trago um abraço dos amigos meus

Deixei toda santaiada e fiz a jornada pra falar com deus.

Por não marcar audiência com sua excelência se eu for barrado

Alguns dos seus constituintes que são meus ouvintes transmitam o recado

Não peço terra de graça mas que algo faça pra isso é que eu venho

Por uma ajuda de custo não sei se é justo perder o que eu tenho

Quando eu colhi meu café eu pensei até em ser bom começo

Mas quando foi tabelado eu fui obrigado a vender no seu preço

Somente as terras que haviam dei por garantia num financiamento

Foi quando veio a geada na área plantada colhi dez por cento

O banco quer minhas terras já tombei na guerra da luta roceira

Para salvar meu futuro que o senhor procuro por minha trincheira

Mesmo o gerente do banco mostrava ser franco e meu grande amigo

Com essa guerra maldita agora ele evita de falar comigo

Minha herança da roça é esta mão grossa que trago por prova

Creio senhor presidente ser eficiente a república nova

Pensava em ser tão feliz de tudo eu fiz pra não perder o nome

Mas minha fé me alicerça com essa conversa aos pés do homem


Composição: Tião Carreiro e Geraldinho





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