Naquela tapera veia que o tempo já distroçou
morou Zé Dunga um pretinho valente, trabaiador
foi o maior violeiro que Deus no mundo botou
Sua viola parecia um passarinho cantador
Trabaiava o dia inteiro feliz sem se lastimar
mas quando a lua formosa no céu pegava a briá
toda gente arrudiava pra ver o preto cantar
Sua viola de pinho fazia as pedra chorar
Acontece que a Carolina cabocla esprito de cão
bonita como a sereia mas que muié tentação
pra judiá do pretinho fingiu lhe ter afeição
Querendo que nem criança brincar com seu coração
Coração de violeiro não é como outro qualquer
é frágil que nem as pétlas de um mimoso mal-