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Biografia de Antonio Rago

Antônio Rago, instrumentista e compositor, nasceu em São Paulo/SP em 2/7/1916. Filho de imigrantes italianos, desde criança interessava-se por música e costumava ouvir o sapateiro Rafael Fezza, famoso violonista do bairro do Bexiga.

Aos 14 anos já acompanhava ao violão as canções populares da época. Aos 17 anos, iniciou estudos de música clássica com o professor Melo.

Em 1936, como integrante do conjunto Regional do Armandinho, começou a atuar na Rádio Record.

Com Armandinho e Zezinho (mais tarde chamado Zé Carioca) formava o trio de violões desse conjunto, que fez sucesso durante algum tempo.

Depois, foi convidado a se apresentar na Rádio Belgrano, em Buenos Aires, Argentina, com o cantor Arnaldo Pescuma. A excursão estendeu-se até o Uruguai, com sucesso.

Em 1937, de volta ao Brasil, passou a trabalhar na Rádio Tupi, de São Paulo, com Zezinho e seu Conjunto. Nesse ano, tornou-se acompanhador de Francisco Alves, com quem se apresentou até 1940.

Em 1938, compôs a primeira música, a valsa Velhos tempos, gravada por ele em 1940, na Columbia, em solo de violão.

No ano seguinte, algumas de suas composições foram incluídas na peça Nós temos balangandãs, de Costa Lima.

Em 1942, tornou- se diretor do regional da Rádio Tupi.

Em 1946, o desenho animado Cozinhando um samba, de Jaime Moniz, teve música sua e participação de seu regional e do cantor Caco Velho.

Em 1947 Rego e seu Regional gravaram na Continental o bolero Jamais te esquecerei (com Juraci Rago), que foi incluído em 1949 no filme Quase no céu, dirigido por Oduvaldo Viana.

Em 1950 o Regional do Rago recebeu o troféu Roquete Pinto, como o melhor conjunto regional do ano. Nessa época, o grupo era formado por ele (violão solo), Orlando Silveira (acordeom), Siles (clarineta), Petit e Carlinhos (violões), Esmeraldino (cavaquinho), Correia (contrabaixo) e Zequinha (pandeiro).

Participou da televisão brasileira desde a sua inauguração, na TV Tupi, com programa próprio, e também como acompanhante de cantores como Isaura Garcia, Linda Batista, Sílvio Caldas, além de atuar em vários programas de rádio, como A Brigadada Alegria, na Rádio Tupi, de São Paulo.

Em 1952 acompanhou Francisco Alves em sua última apresentação, num programa da Rádio Nacional, de São Paulo, cuja gravação fez parte do LP A voz do rei, lançado em 1975, pela Odeon.

Ainda nesse ano, passou a atuar na TV Paulista e na Rádio Nacional, no programa Ronda dos Bairros, além de ter gravado, com seu conjunto, o primeiro LP, na Continental, Jamais te esquecerei, com músicas de sua autoria, como o baião-toada Folhinha, os choros Mentiroso e Mambo na Glória, os boleros Jamais te esquecerei e Em tuas mãos (com Ribeiro Filho), a batucada-choro O Barão na dança (com Mário Vieira) e o baião-fado Festa portuguesa (com Mário Vieira).

Gravou mais três LPs na Continental, um na Odeon e dois na Chantecler.

Entre seus parceiros mais constantes além de Ribeiro Filho, destacam-se Teixeira Filho com quem fez Sozinha, e João Pacífico, com quem compôs Não foi adeus, Não convém e Custá pra arranjá, entre outras.

Em 1962, como solista, gravou na Continental o LP Recital de violão, que incluía algumas de suas obras eruditas, como Flor triana e Sonatina em lá menor.

Por volta de 1964, o regional se desfez, e ele passou a produzir programas de rádio em Santos, Campinas e outras cidades do Estado de São Paulo, a ensinar violão e a gravar discos solos, como os LPs Especialmente para você (Chantecler, 1974), Rago (Continental, 1978) e Solos de violão (3M, 1986).