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Biografia de Dino Franco

Terceiro dos doze filhos de José Lázaro Franco e Maria das Dores Ramos Franco, Dino Franco nasceu na cidade paulista de Paranapanema, no dia 8 de setembro de 1936, mas foi registrado na vizinha Conceição do Monte Alegre.
Antes de se tornar um compositor famoso,
trabalhou na roça colhendo algodão; viveu em Rancharia e Paraguaçu Paulista, onde fez o Tiro de Guerra e começou sua carreira musical na Rádio Marconi, passando também pelos microfones da extinta Rádio Difusora de Rancharia. Começou a compor no ano de 1951 e afirma ter composto milhares de obras; Dança da Chuva e Tafuleira, em parceira com Piratininga, foi sua primeira gravação, em 78 rotações; O Sertanejo é um Forte é um de seus maiores sucessos.
Desde muito cedo se inclinou para a vida artística. Em 1954 já trabnalhava na Rádio Marconi de Paraguaçu Paulista. Dois anos após, em 1956, estava na Capital e cantou com Tibagi (da dupla com Miltinho). Nessa época Dino Franco tinha o nome artístico de Pirassununga.
A parceria com Tibagi foi desfeita. Dino arruma um novo parceiro e deixa de ser o Pirassununga para se tornar o Junqueira da nova dupla Juquinha e Junqueira. A união desses cantadores durou apenas dois anos.
Em 1963 retorna com o antigo nome (Pirassununga) e faz dupla com Piratininga.
Gravam para a CBS e posteriormente para a Continental. Essa dupla também foi desfeita, só que dessa vez, com a morte de seu novo companheiro.
Como sempre, Dino Franco consegue outro parceiro: Belmonte.
Pirassununga e Belmonte gravaram na Chantecler, acompanhados pelo sanfoneiro Zé Maringá. A parceria com Belmonte também se desfez.
O poeta violeiro não desanimou. Dino Franco começou a viajar com duplas famosas da época, fazendo parte da companhia teatral, tais como: Zico e Zéca, Liu e Léu, e Abel e Caim.
O Brasil havia perdido uma de suas maiores estrelas, o Palmeira, da dupla Palmeira e Biá.
Biá (Sebastião Alves da Cunha) nascido em Coromandel/MG em 26 de novembro de 1927, se ajusta com Dino Franco e os dois formam uma nova parceria. Esta união faz sair de cena novamente o Pirassununga e em seu lugar aparece então o nome Dino Franco na vida artística. Gravaram juntos 6 LP’s, mas, repetindo o mesmo caminho das anteriores, essa união, do mesmo modo, também se desfaz. Dino Franco se volta para a carreira solo. Como tal chegou a gravar um LP – “ Dino Franco e seus Mariachi”, e tempos depois faz parte de um trio em que atuavam Miltinho Rodrigues e Orlando Silveira. O trio era chamado “Os Medalhões” e chegou a gravar um LP.
Corre o tempo e Dino Franco torna-se produtor do “cast” da gravadora Chantecler, produzindo duplas famosas como Lourenço e Lourival, Abel e Caim, Liu e Léu, entre outras.
Após tantas e tantas experiências, aí sim, teve a felicidade de encontrar Mouraí (Luiz Carlos Ribeiro) nascido em Ibirarema/SP, em 19 de julho de 1946, com quem gravou um total de 16 discos. A dupla só veio apartar com a morte de Mouraí ocorrida em 17 de outubro de 2005.
1991 - Aposentado, veio para Rancharia há quase cinco anos, depois de passar por Mogi Guaçu e Ivinhema, devido aos parentes, às raízes e "porque sempre buscoui um lugar tranqüilo prá viver", mas não parou de criar as composições que lhe deram prestigio e sucesso por todo o país. Sua obra lhe garantiu vaga na Academia Municipalista Brasileira de Letras, onde ocupa a cadeira número 14 que pertenceu ao compositor João Pacífico.
Homem de hábitos simples, Dino vive exclusivamente da música e já perdeu a conta de quantos discos gravou. Diz que já ganhou muito dinheiro "com direito artístico e de vendagem", e muitas homenagens - vários diplomas estão pendurados pelas paredes da sala - mas como ele mesmo diz, "tenho diplomas, troféus, mas a gente não come homenagens, mas sim do trabalho realizado".
Ganhador de dois festivais de música sertaneja, o primeiro do Brasil em 1967 com a música Natureza, com Abel e Caim, e Casa Pobre, com Mato Grosso.