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Biografia de Humberto Effe

Cantor, violinista e guitarrista, Humberto Effe, carioca da Tijuca é vocalista do grupo carioca Picassos Falsos.

Em 1990, o grupo se separou. Durante o tempo em que o grupo esteve parado, seus integrantes dedicaram-se a atividades diversas.

Humberto Effe dedicou-se à carreira solo, lançando um disco em 1995 pela Virgin.

As revelações da música brasileira que pontuam a programação da Rádio Roquette-Pinto ganharam um espaço exclusivo na emissora do governo do Estado do Rio de Janeiro.

Apresentado e produzido por Humberto Effe, com a coprodução de Clarice Azevedo, o Sangue Novo vai ao ar todas as sextas-feiras, às 21h, na 94,1 FM, com uma seleção caprichada dos artistas que estão lutando por um espaço, nos bares da vida ou na internet.

Aberto a todos os estilos e antenado com o que de melhor acontece na cena musical do país, o programa acompanha a transformação radical do mercado fonográfico brasileiro e mundial nas últimas décadas.

Segundo Humberto Effe, ao Sangue Novo são bem-vindos tanto artistas que já lançaram seus primeiros CDs quanto aqueles que disponibilizaram apenas algumas músicas em sites como o My Space. A gente vive uma realidade muito diferente hoje. Existem grandes artistas, que lotam casas de show em todo o Brasil, mas que não tocam nas rádios. A minha ideia e da presidente Eliana Caruso é fazer com que Roquette-Pinto esteja comprometida com a nova produção musical brasileira, talvez uma das maiores que já houve na nossa história. O Sangue Novo é a pré-seleção para que os artistas entrem na programação da rádio – explica.

Líder do Picassos Falsos nos anos 80, o cantor e compositor Humberto Effe vê com otimismo a nova safra de músicos brasileiros. Em sua avaliação, a geração que chega à primeira década do século 21 é marcada pela diversidade de gêneros e sotaques, demonstrada pela efervescência de cenas locais que, através da internet, dialogam com todo o Brasil e o mundo.

– Hoje em dia o artista nem precisa fazer um CD. Ele pode apenas lançar músicas na internet e o site se torna a sua produção musical. De fato, agora a gente faz uma música brasileira sem preconceitos, sem ninguém ditando o que é o moderno, o que é novo. A música brasileira é propícia para isso porque é uma música continental, variada e que sobrevive devido a essa diversidade. Quanto maior essa diversidade, mais forte a música brasileira é – argumenta.

Um dos exemplos da novíssima geração de artistas nacionais divide com Humberto Effe a responsabilidade pela produção do programa Sangue Novo.

Filha do célebre Geraldo Azevedo, Clarice está às voltas com a gravação de seu primeiro disco. Em vez de procurar por legítimos herdeiros da tradição da MPB, porém, Humberto diz que o público deve estar de ouvidos bem abertos para a variedade dos novos trabalhos, que chegam sem rótulos pré-definidos.

– Uma das coisas que mais me chateava era ouvir grandes artistas brasileiros afirmarem que não existe mais nenhum grande compositor no Brasil. Eu achava um absurdo porque eu ouvia não só colegas meus, mas artistas de gerações anteriores fazendo trabalhos sensacionais e parece que ninguém conhecia ou queria conhecer. Havia uma certa preguiça.

Entre os artistas selecionados por Humberto Effe e Clarice Azevedo para espantar a mesmice estão nomes como Marcelo Caldi, Luce & Gala Rara Guanabara, Saravá Soul, Tom Bloch, Raquel Coutinho, Garotas Suecas, Ganeshas e Pedro Miranda.

Os músicos convidados a participar do programa - como Dado Villa-Lobos, ex-guitarrista da Legião Urbana, que esteve em uma das primeiras edições - também levam sugestões.

Para democratizar ainda mais o acesso à Rádio Roquette
Pinto, a produção disponibilizou os telefones (21) 2333-2094 e 2333-2039 para o contato dos jovens promissores espalhados por todo o país.

– É sempre importante que, em um lugar como o Brasil, a rádio ainda funcione como um divulgador do que é novo. A Roquette-Pinto está permanentemente conectada com o que acontece em nossa sociedade. Esta é a missão da rádio pública – afirma.