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Biografia de Michel Teló

Michel Teló é um artista que canta, toca, dança e põe a moçada pra ferver de alegria. Sua trajetória de sucesso fez história e mudou a cara da música sertaneja no Brasil. Com humildade e muito trabalho, Michel canta e encanta legiões de fãs há mais de 16 anos e agora, em carreira solo, continua a animar multidões em todo o país.

Nosso cantor e tocador de gaita nasceu em Medianeira, no Paraná, no dia 21 de janeiro de 1981 e cresceu ao som da sanfona tocada por seu avô em festas de família. Aos dois anos de idade mudou-se para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, cidade que futuramente marcaria o início de sua carreira profissional.

Para conquistar os palcos Michel dedicou sua vida à música. A história artística do gaiteiro mais querido do Brasil começou em 1987, quando aos sete anos de idade fez sua primeira apresentação solo pela turma do coral do colégio, cantando "Meu querido, meu velho, meu amigo", uma composição de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, na festa que homenageava os papais na escola.

Antes de apaixonar-se pela gaita de botão, conhecida no Brasil por sanfona, Michel estudou piano por cinco anos. O interesse pelo novo instrumento surgiu a partir dos acordes que aprendia com um amigo da família que, sempre disposto, ensinava o menino e futuro tocador.

Aos doze anos ganhou sua primeira gaita. "Não consigo esquecer de quando entrei em uma loja de instrumentos pra procurar uma gaita de botão pra mim. Eu ensaiava com uma gaita emprestada, então queria a minha própria. Eu saí de lá com a minha gaitinha de botão, de oito baixos, de cor verde e que toco nos show até hoje".

Ainda no colégio, Michel Teló encontrou uma turma também fã de barulho e formou uma banda junto com seu irmão Teófilo e três amigos: Ivan, Gerson e Mandu. No início dos anos 90, com a popularização do movimento dos bailes sertanejos, a banda ganhou espaço entre o público da escola e transformou-se então no Grupo Guri.

Aos treze anos de idade participou pela primeira vez da gravação de um disco no Paraná, com o Grupo Bailanta. Foram anos de estudo, ensaios, viagens e desafios até chegar onde está. "Eu tocava bailão de cinco horas na sexta-feira, no sábado e no domingo e, quando chegava das viagens em Campo Grande às 6 horas da manhã de segunda-feira, ia direto pra escola". Apesar dos obstáculos iniciais, o talento de Michel ganhou a confiança e o apoio da família, que desde cedo acreditou no sucesso do cantor.

O menino queria crescer profissionalmente e assim, na volta de uma viagem ao Paraná com o amigo Ivan, foi criado um novo projeto: o Grupo Santo Chão. Em meio a dificuldades financeiras e no estúdio improvisado dentro do quarto do próprio Michel o Grupo gravou seu primeiro CD, chamado Compañera. O quarto do cantor ainda serviu de estúdio para outros músicos na época, como os do Grupo Sem Fronteiras e o Tradição.

A casa de Michel só deixou de ser sede de gravação quando seu pai comprou um terreno ao lado de onde moravam para enfim construir uma gravadora que atendesse às demandas do novo projeto. Surgiu então a Pantanal Discos.

Neste período, Michel havia deixado o Grupo Santo Chão. O trabalho dentro do estúdio e longe das apresentações o deixava com o coração apertado de saudade. "Eu queria tocar e cantar, eu ia nos bailes pra dar canja".

A vontade de Michel logo virou fato quando um convite de última hora do Grupo Tradição o fez voltar para frente do público para tocar em uma domingueira um uma cidade do estado Pantaneiro. "Quando recebi o telefonema levei um susto porque fazia tempo que não tocava, mas topei e fui ensaiando o repertório dentro de uma kombi com os meninos até chegar a Dourados". O entrosamento de Michel com o Grupo foi tanto que o que seria uma substituição de apenas um dia virou parceria por doze anos.

Enquanto fez parte do Grupo Tradição, Michel participou da gravação e produção de nove CDs e três DVDs, além de outras conquistas, como a idealização da Micareta Sertaneja, a premiação do Disco de Ouro, a divulgação de sua música em novela da Rede Globo, e de gravações de músicas com Chitãozinho e Xororó, Zeca Pagodinho, Edson e Hudson, Guilherme e Santiago, Carla Cristina, Frank Aguiar e Dois a Um, e dos DVDs de João Bosco e Vinícius e Bruno e Marrone.