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Biografia de Moacyr Luz

Seu avô foi clarinetista da Banda do Corpo de Bombeiros. Iniciou seus estudos de violão aos 15 anos de idade, com os professores Carlos e Hélio Delmiro. Freqüentou, também, as aulas na Pró-Arte.

Em 1979, teve gravada, pela primeira vez, uma canção de sua autoria: "Eu me descubro", pela cantora Lana Bittencourt. Apresentou-se em shows ao lado de João Nogueira (projeto "Seis e meia"), Luiz Carlos da Vila (Projeto Pixinguinha), Élton Medeiros (projeto "Antenas do Ipiranga"), Aldir Blanc, Fátima Guedes, Jards Macalé, Zé Renato, Guinga, Walter Alfaiate, Luís Eça e Alaíde Costa.

Em 1988, lançou o LP "Moacyr Luz 1988", contendo as primeiras canções de sua parceria com Aldir Blanc. O disco contou com a participação de Raphael Rabello, Sivuca e Hélio Delmiro.

Em 1995, gravou o CD "Vitória da ilusão", no qual apresenta uma fusão de ritmos, juntando as Pastoras da Portela, o Baticum (grupo de percussão carioca) e um quarteto de cordas, realçando os detalhes da harmonia. Este trabalho reflete 10 anos de sua parceria com Aldir Blanc, destacando-se as canções "Medalha de São Jorge", "Mico preto", "Saudades da Guanabara" e "Flores em vida pra Nélson Sargento". Em 1998, gravou o CD "Mandingueiro", resgatando a formação clássica das rodas de samba, em que predominam as dobradinhas cavaquinho e violão, bandolim e sete cordas, pandeiro, surdo, cuíca e tamborim.

Participou da trilha sonora das seguintes novelas da TV Globo:

"Tieta do agreste": com sua canção "Coração do agreste" (c/Aldir Blanc), interpretada por Fafá de Belém, pela qual recebeu o Prêmio Sharp (1989);

"Mico preto": com suas canções "Dona invocada" (c/ Aldir Blanc) e "Mico preto" (c/ Aldir Blanc), interpretada por Gilberto Gil (tema de abertura da novela, 1990); "Pedra sobre pedra": com a canção "Dona de mim" (c/ Aldir Blanc), interpretada pelo 14 Bis;

"Felicidade": com a canção "Amigo do Rei" (c/ Aldir Blanc), interpretada por Pery Ribeiro;

"Corpo e alma": com a canção "Por escrito" (c/ Aldir Blanc), interpretada por Pery Ribeiro;

"O fim do mundo": com a canção "Matando a pau" (c/ Aldir Blanc), interpretada por Simone Moreno;

"Porto dos milagres": com a canção "Instante eterno" (c/ Aldir Blanc e Ivan Lins), interpretada por Ivan Lins.

Para o teatro, realizou, em parceria com Aldir Blanc, a adaptação da trilha sonora de "Um céu de asfalto", de Kurt Weill e Bertolt Brecht, em montagem carioca com Sérgio Brito e Marlene.

Em 2000, participou do Festival da Música Brasileira (Rede Globo), com sua canção "Eu só quero beber água", classificada em quarto lugar no evento.

Em 2001, lançou o CD "Na galeria", seu primeiro disco exclusivamente como intérprete, acompanhado de Carlinhos Sete Cordas (cavaco e violão) e Beto Cazes (percussão). No repertório, as músicas "Leva meu coração" (Roberto Martins e Mário Lago), "Remorso" (Padeirinho), "Coberto de ouro" (Waldemar Gomes e Afonso Teixeira), "Ao amanhecer" (Cartola), "Não gostei dos teus modos" (Pixinguinha e João da Baiana), "Momentos de tristeza" (Herivelto Martins e Popeye do Pandeiro), "Retiro" (Paulinho da Viola), "Canção das infelizes" (Luis Peixoto e Donga), "Três por acaso" (Capinan e Gereba), "Cidade mulher" (Noel Rosa), "Prece ao sol" (Candeia) e "Tantas primaveras" (Mestre Fuleiro). Constam da relação dos intérpretes de suas canções Elba Ramalho, Leila Pinheiro, Nana Caymmi, Beth Carvalho, Leny Andrade, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Emílio Santiago, entre outros.

Em 2003, lançou o CD "Samba da cidade", co-produzido com Paulão 7 Cordas. No repertório, suas músicas "Praça Mauá: que mal há?", "Mitos cariocas: Lan", "Você não parece mais você", "Faça chuva ou faça sol", todas com Aldir Blanc, "Cabô, meu pai" (c/ Aldir Blanc e Luís Carlos da Vila), "Vila Isabel" e "Zuela de Oxum", ambas com Martinho da Vila, "Som de prata" (c/ Paulo César Pinheiro), homenageando Pixinguinha, "Vinte-e-sete-zero-nove" (c/ Nei Lopes), "Briga de família" (c/ Wilson Moreira), "Tudo que eu vivi" (c/ Wilson das Neves) e "Eu só quero beber água". Apresentou-se em temporada de shows no Centro Cultural Carioca (RJ) em outubro desse mesmo ano, ao lado de Carlinhos Sete Cordas, Márcio Almeida (cavaquinho), Marcos Esguleba (percussão), Mestre Trambique (percussão) e Beto Cazes (percussão).

No dia 1º de março de 2004, comandou a roda de samba comemorativa do 439º aniversário da cidade do Rio de Janeiro, promovida pela Toca do Vinicius. No mesmo evento, deixou gravadas suas mãos na Calçada da Fama de Ipanema.

Em mais uma homenagem ao Rio de Janeiro, musicou poemas de Carlos Drummond de Andrade ("VII-Rio de Janeiro", Geraldo Carneiro ("Carnavais"), Murilo Mendes ("Noite carioca"), Mário de Andrade ("As cantadas"), Manuel Bandeira ('Elegia inútil"), Ferreira Gullar ("Poema obsceno"), Elisa Lucinda ("Coisa mais linda, mas cheira de graça") Vinicius de Moraes ("Praia do Pinto"), Aldir Blanc ("Cantiga das ilhas") e Armando Freitas Filho ("3X4"), registrados, em 2005, no CD "A sedução carioca do poeta brasileiro". O disco contou com arranjos e suporte instrumental do sexteto Água de Moringa (Rui Alvim, Jayme Vignoli, Marcílio Lopes, Luiz Flávio alcofra, Josimar Carneiro e André Boxexa), capa de Lan e textos de Jaguar.

Fez show de lançamento do CD no Teatro Carlos Gomes (RJ). Também em 2005, participou do "Projeto Pixinguinha", ao lado do flautista Carlos Zens e da cantora Cecília Leite. Nesse mesmo ano, abriu a série "Terças Musicais", realizada no Centro Cultural Franco-Brasileiro (RJ). Também em 2005, lançou o CD "Voz & Violão", com canções de sua autoria, como "Coração do agreste" e "Saudades da Guanabara ", ambas com Aldir Blanc, e "Contradigo" (c/ Hermínio Bello de Carvalho), além de "Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) e "Acontece" (Cartola), entre outras. O encarte traz as letras das canções com as cifras para violão. Ainda nesse ano, publicou o livro "Manual de sobrevivência nos butequins mais vagabundos".

Em 2009, lançou o CD "Batucando", contendo suas composições “Meu nego”, “Daquela mulher” e “Banguelas”, todas com Hermínio Bello de Carvalho, “Vida da minha vida”, “A natureza chora” e “Beleza em diamante”, todas com Sereno, “Quando se é popular” (c/ Wilson das Neves), “Divina Mangueira” (c/ Paulo César Pinheiro), “Clareou” (c/ Aldir Blanc e Ivan Lins), “Samba dos passarinhos” (c/ Martinho da Vila), “Samba pro Geraldo” (c/ Aldir Blanc) e “Delírio da baixa gastronomia”. Com arranjos de Cristóvão Bastos e Paulão Sete Cordas, o disco contou com a participação de Wilson das Neves (em "Quando se é popular"), Beth Carvalho (em "Divina Mangueira"), Martinho da Vila (em "Samba dos passarinhos"), Ivan Lins (em "Clareou"), Tantinho da Mangueira (em "Samba pro Geraldo"), Luiz Melodia (em "Banguelas"), Mart'nália (em "Beleza em diamante"), e Alcione (em "Meu nêgo"). A faixa "Vida da minha vida" foi gravada por Zeca Pagodinho em seu CD homônimo lançado em 2010.