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Biografia de Odete Amaral

Odete Amaral, cantora, nasceu em Niterói/RJ, em 28/4/1917 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ, em 11/10/1984.
Filha caçula de um lavrador, em 1918 a família transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde o pai se tornou chofer de caminhão. Ela começou a trabalhar como bordadeira, estudando a noite no Colégio Uruguai.

Aos 16 anos, fez um teste na Rádio Guanabara, interpretando 'Minha embaixada chegou' (Assis Valente), e foi convidada pelo diretor da emissora, Alberto Manes, para apresentar-se no programa Suburbano, levado ao ar aos domingos.

Por intermédio de Almirante, que a conhecera na Rádio Guanabara, apresentou-se na Rádio Clube do Brasil, Radio Philips, Rádio Sociedade e numa revista musical no Teatro João Caetano.

Ainda em 1933, gravou de Ary Barroso, a seu pedido, Foi de madrugada e Colibri, começando a aparecer no coro de diversos discos, o que faria até a década de 1960, em gravações de Carlos Galhardo, Sílvio Caldas, Francisco Alves, Carmen Miranda, Almirante, Dircinha Batista, entre outros.

Em 1935 apresentou-se na inauguração do Cassino Atlantico e na Rádio Ipanema. Levada por Casar Ladeira, que a batizara de A Voz Tropical, em 1936 assinou seu primeiro contrato, na Rádio Mayrink Veiga.

Transferiu-se para a Rádio Nacional em 1937 e, no ano seguinte, casou com o cantor Ciro Monteiro, de quem se separou em 1949. Em 1939, no mesmo ano em que se mudou para São Paulo/ SP, contratada pela Rádio Cultura, participou do filme da Cinédia O samba da vida, de Luís de Barros.

Retornou ao Rio de Janeiro em fins de 1941, quando assinou novo contrato com a Rádio Mayrink Veiga, onde permaneceu ate 1947. Seu maior sucesso, o choro Murmurando (Fon-Fon e Mário Rossi), foi lançado em 1945.

Atuou na Rádio Mundial de 1947 a 1951, ano em que, contratada pela Rádio Tupi, se apresentou no programa matutino O Rio se Diverte e, à noite, no Rádio Seqüência G-3. Contratada pela Odeon em 1954, gravou para o Carnaval os sambas Vem, amor (Chocolate e Jorge de Castro) e Nasci para sofrer (Chocolate e Oldemar Magalhães).

Ainda nesse ano lançou o samba canção Quando eu falo com você (Mário Rossi e Gadé); o choro Girassol (Mário Rossi); o ritmo afro Pai Benedito e Iemanjá (Henrique Gonçalves); o samba-canção Divina visão (Vargas Júnior); e Cruz para dois (Chocolate e Jorge de Castro), além da regravação do samba- canção Carteiro (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins).

Uma das cantoras populares brasileiras de voz mais pessoal e afinada, não sem motivo foi chamada a atuar em inúmeros coros de gravação para outros cantores. CD: Jornal de ontem (c/Orlando Silva), 1994, Revivendo RVCD-072.