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Biografia de Pacifico Mascarenhas

Pacífico Mascarenhas é um compositor, nascido em Belo Horizonte em 1935.

Um dos principais integrantes da Turma da Savassi nos anos 1950, se dedicava a fazer serenatas para as moças e namoradas, quando no início dos anos 1960, resolveu formar o Conjunto Sambacana, do qual outro compositor destacado, Roberto Guimarães, também participou.

As obras de Pacífico Mascarenhas são especialmente bossa-novistas, o que estabeleceu uma ponte considerável entre Rio de Janeiro e Minas Gerais nos anos 1960, sendo que a partir daí, o músico mineiro foi gravado por uma série de artistas famosos, de Luiz Eça a Kliff Korman e recentemente Jorge Cutello da Argentina.

Pacífico também foi responsável por abrir as portas do mundo musical a Joyce que viria a se destacar na Bossa Nova anos mais tarde e também a Milton Nascimento, principal expoente do Clube da Esquina.

Começou a compor no final dos anos 1950.

Liderou o Quarteto Sambacana, com o qual lançou, em 1965, o LP "Muito pra frente", contendo suas composições "Tom da canção", "O vento que soprou", "Até você voltar", "Aladim", "Era um dia assim", "Estrela caindo", "Eu e você", "Sem me olhar", "Fui olhar pra você", "Mesmo céu", "Você é muito mais", "Tarde azul" (c/ "Marcos de Castro), "Apareceu na tarde" e "O navio e você" (c/ Wagner Tiso).

Em 2004, lançou o CD "Belo Horizonte que eu gosto", uma homenagem à sua cidade natal, contendo 22 composições próprias, em um total de 27 canções interpretadas por Renato Motha, Sérgio Santos, Sambacana, Marina Machado, e Suzana e Bob Tostes.

O disco tem a participação de Juarez Moreira (violão), Alberto Chimelli (piano, teclado e baixo) e Neném (bateria).

Em 1958 Pacífico Mascarenhas gravou seu primeiro LP
“Um Passeio Musical” com suas composições nos estúdios
da Cia Brasileira de Discos RJ que depois passou a se chamar “Sinter, Polydor, Philips, Polygram (hoje Universal) com Paulinho e seu Conjunto.

Este foi o primeiro disco independente feito no Brasil. Desde essa época Pacífico também fazia músicas falando de Belo Horizonte, precisamente da Savassi que é um tema predileto e permanente do compositor.

De 1964 a 1995 foi sempre considerado pelos críticos musicais da cidade como o melhor compositor de Minas Gerais, nas promoções dos jornalistas Wilson Miranda (Folha de Minas/ 1964) e Alfredo Buzelin.

Em 1995 ganhou o Troféu Pró-Música, idealizado por Ildeu Lino Soares, amplamente divulgado no Estado de Minas como o melhor compositor daquele ano. Também o CD Luiz Eça Trio com suas músicas foi eleito o melhor CD de 1991.

Em 1964 começou a gravar sua série Sambacana na Emi Odeon, totalizando-se 06 (seis) LP’s com suas composições.

Nestes discos que foram até 1981 estrearam artistas hoje consagrados como a cantora Joyce, Milton Nascimento, Wagner Tiso com participações de Eumir Deodato (radicado nos EUA) Roberto Menescal, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Juarez Moreira, Helvius Vilela, Suzana e Bob Tostes entre outros.

O Sambacana também foi o melhor LP de 1964 (Folha de Minas). Também ficou na relação dos discos mais vendidos no mês de outubro, deste mesmo ano da Odeon.

É sua a patente de invenção para “Processo de acompanhamentos com posições desenhadas para violão, para capas e contra capas de discos ou em folhetos anexos das melodias gravadas no disco”, sob o n.º 147671, em 18/03/63, no Departamento Nacional de Propriedade Industrial. Processo lançado nos LP’s Sambacana.

Luiz Eça considerado o melhor pianista do país integrante do ex Tamba-Trio, também gravou 20 composições do Pacífico no seu último CD gravado em 1991 nos estúdios da Emi Odeon e lançado pela gravadora Velas.

Em 1978 recebeu o Troféu “O Globo de Ouro” pelo melhor jingle do ano “Praça da Savassi” para a “Toulon”.

Em 1997 por ocasião do centenário de Belo Horizonte recebeu no Clube de Diretores Lojistas CDL, o título “Filho Ilustre de BH 100 anos” da Fundação Cultural dos Professores do Estado de Minas Gerais.

Em 1998, recebeu da Câmara de Vereadores de BH a “Comenda do Mérito Artístico Rômulo Paes” por indicação do vereador Márcio Cunha.

Em 1995 compôs o hino da copa do mundo de natação realizado no Rio de Janeiro, a convite de seu atual Presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes Filho.

A convite da Editora Leme está terminando o livro “Grandes Sucessos da Bossa Nova” assim como o seu Song Book com 145 músicas de sua autoria com partituras e posições para acompanhamentos de violão.

Em 2001 um dos conceituados pianistas dos EUA, Cliff Korman gravou o CD “Bossa Jazz” com 19 de suas composições cujos cronistas especializados do jornal O Globo escrito por José Domingues Rafaelli, na Edição de 06/02/01, comentou ser o melhor CD dos últimos tempos, recebendo cinco estrelas e cotado para ser o melhor instrumental de 2001 e recomendado pelo mesmo jornal em 27/02/01.

Artistas de renome nacional e internacional como Nara Leão, Isaura Garcia, Tito Madi, Claudete Soares, Os Cariocas, Eumir Deodato, Ana Caram, Cliff Korman Quartet, Marzano Trio, Alarme Falso, Via Láctea, Carlos Hamilton, Aguinaldo Rabelo, Sambacana, Super Som C&A, Luiz Cláudio, Luiz Eça Trio, Renato Motha, Paula Santoro, Sérgio Santos, Marina Machado, Milton Nascimento, Affonsinho, Sônia Delfino, Suzana e Bob Tostes, Ângela Evans, Aécio Flávio, Celso Garcia, Gilberto Mascarenhas, Quatro por Quatro, Alceu Tunes, Célio Balona, Alberto Chimelli Trio, Tadeu Franco, Robertinho Brant, Conjunto Paulo Modesto, Zecarlos Lassi, Marilton Borges, Carla Villar, Rosana Sabença, Pendulum, Geraldo Tonelli, Beto Lopes, Roberto Brandão, Trio Iraquitan, Carlão, Luiza, Osmar Navarro, Coral de Ouro Preto, Eunice Ferrer, Francisco Carioca, Ronnie Will, Roberta Lombardi e Jorge Cutello (Argentina), gravaram algumas de suas composições.

Em 2002 lançou o “CD Guinness”, Bossa Novíssima com 60 músicas de sua autoria, um Song Disc para entrar no livro dos recordes devido ao número de músicas nele contidas com a participação de 15 cantores mineiros com o apoio do Guiatel que distribuiu o CD para seus principais clientes.

Em maio de 2003, lançou o CD “Belo Horizonte Que Eu Gosto” com 22 composições suas para homenagear Belo Horizonte, com apoio do Guiatel e Telemar.

A Prefeitura de BH e Belotur também distribuíram o mesmo CD com outra capa na campanha “Quem gosta de BH tem seu jeito de mostrar”, com a participação de doze cantores mineiros, entre eles Renato Motha, Paula Santoro, Marilton Borges, Gilberto Mascarenhas, Roberto Brandão, Claudinho Campos, Suzana e Bob Tostes, Affonsinho, Alarme Falso, Beto Lopes, Marina Machado, Sérgio Santos, Severino Filho, Neil Teixeira (Os Cariocas) e Maurício Maestro (Boca Livre) com os músicos também mineiros, Juarez Moreira, Chiquito Braga (violão), Alberto Chimelli (teclados) e Esdra Neném (bateria).

Estes intérpretes e músicos mineiros, acrescidos de Marco Marzano, Pacífico e Xande Mascarenhas foram os mesmos que gravaram o “CD Guinness”.

Em 1980 foi entrevistado pelo repórter Odilon Coutinho no Fantástico, na Rede Globo com o título “Uma Cidade à Venda”, sobre Biribiri (município de Diamantina) de propriedade de sua família.

Foi uma das personalidades do “Brasil 500 Anos” promoção da Rádio Itatiaia amplamente divulgado pela emissora em 2002.

Foi citado nos livros:
“Chega de Saudade” de Ruy Castro nas páginas 9, 16, 146, 178, 233, 234, 236, 396, 428, 443 e 457;
“Na Cadência do Samba” de Haroldo Costa;
“Os sonhos não Envelhecem” de Márcio Borges, nas páginas 68, 69 e 118;
“O Livro das Mágicas do Pequeno Maluquinho” de Ziraldo, no prefácio na página 7;
Song Book da Bossa Nova de Almir Chediak, nos livros 1 e 3, nas páginas 59 e 107, respectivamente;
“Saudade Seresteira” n.º 2, de Ronald Pimenta nas páginas 276, 277 e 295;
“Bossa Nova Som e Imagem” nas páginas 76, 90, 91 e 115;
"Breve História da Música de BH", de Marcelo Dolabela;
“Simplesmente uma Turma” de Gilberto Mascarenhas;
“Retratos da Música” de Fernando Fiuza na página 32;
“A Onda que se ergueu do mar” de Ruy Castro, páginas 127 e 235;
“100 Retratos Brasileiros Apaixonados por Carro”, na página 32 de Luiz Americano;
Revista Forbes Brasil na página 61 (27/09/02) por Daniela Camargo;
"O Homem que Salvou um Packard”, na revista “Quatro Rodas Especial” - Edição 3 janeiro/2004, na página 6;
“Bossa Nova e outras Bossas”, de Caetano Rodrigues e Charles Gavin – pag. 220, e no livro “A Canção no Tempo - Volume 2”, de Jairo Severiano;
"Zuza Homem de Melo", na página 61
"Dicionário Cravo Albin" de Música Brasileira.

É por sua causa o primeiro compacto 45” transformado em 33 RPM na Cia Industrial de Discos, no início da década de 60, por sua sugestão ao Sr. Zuckerman que acatou sua idéia de lançar o seu compacto “Para os Namorados”, que foi o pioneiro neste lançamento.

No final de 2002 foi lançado durante as comemorações do Centenário da Emi Odeon o CD com 14 músicas de sua autoria “Muito pra Frente”, gravado em 1965 com a participação dos então estreantes Milton Nascimento e Wagner Tiso que iniciaram suas carreiras neste LP ficando os mesmos no Rio após estas gravações.

O CD Cliff Korman Quartet com 19 de suas músicas recebeu o troféu Pró Música de melhor CD do ano de 2001 numa solenidade na Capital.

O seu terceiro Sambacana foi lançado no Japão no início de 2003.

Participou do show do centenário de Belo Horizonte, na Praça da Estação e na Av. Afonso Pena em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, com grande participação do público.

Compôs a música “O Jogo” tema do filme Tostão a Fera de Ouro” gravado por Milton Nascimento.

Foi chamado carinhosamente pelo compositor e cantor Toninho Horta de “O Rei de Belo Horizonte” durante sua apresentação na noite dos violonistas no Minas Tênis Clube e pelo cronista Eduardo Couri na sua coluna do Estado de Minas, pelo programador musical Claudinei Albertini, pelo cantor Affonsinho, pelo ex presidente do Minas Tênis Clube Urbano Santiago de “O Tom Jobim de Belo Horizonte”.

O renomado jornalista Luiz Nassif escreveu na sua crônica na folha de São Paulo, em 22/07/2001, que o Pacífico seria um compositor conhecido da dimensão de um Roberto Menescal, caso morasse no Rio de Janeiro.

O cronista musical Silvio Túlio Cardoso (RJ) na sua coluna “O Globo nos Discos Populares” (junho de 64) comentando o lp Sambacana escreveu que Pacífico é o “O Frank Borzage da Bossa Nova”.

O jornalista Kiko Ferreira escreveu na sua reportagem no Estado de Minas em 16 de junho de 2001, que Pacífico é um dos nomes de maior projeção nacional quando o assunto é Bossa Nova.

Quatro escritores fizeram crônicas a seu respeito (não reportagens) publicadas em jornais: Euclides Marques “Gente” (Diário de Minas) em 19/08/62, Roberto Carvalho Mattos “Pacífico” Estado de Minas (anos 60), Ronaldo Boscoli “Bossa Nova e Carros Velhos” Jornal “O Dia” RJ em 15/09/91, Plinio Barreto “Pacífico” Estado de Minas em 13/09/03.

Tem 190 citações diferentes na Internet, 21 reportagens de página inteira em jornais de Belo Horizonte sendo 03 vezes no mesmo ano no Estado de Minas.

Em 2003 compôs a música “Um Ilustre Brasileiro” na comemoração do centenário de Juscelino Kubitschek de Oliveira e aprovado por unanimidade pela comissão organizadora em Brasília e executada pela Banda da Polícia Militar na Vesperata de 12/09/03, no encerramento do Centenário de JK em Diamantina.

Em 2006, lança o CD Cliff Korman Quartet Vol. II, interpretando outras músicas de sua autoria, com apoio total das empresas agropecuárias de Gabriel Donato de Andrade.

Também em 2006 lança o “Setimo Sambacana” e o CD “Bem-Vindo ao Rio”, com músicas sobre o RJ. Está previsto que os pianistas Osmar Milito, João Donato e Alberto Chimelli gravem CDs com suas músicas.

Participou do vídeo filme “Belo Horizonte Centenária” do Ministério da Cultura.

Seis compositores fizeram músicas em sua homenagem com referência nominal a sua pessoa com os títulos “Ao Mestre com carinho” de Beto Lopes, Claudinho Campos e Paulo Brandão.

“Um tema para o Pacifico”, de José Guimarães. "Travessia no tempo", de Valter Braga e Jorge Fernando dos Santos e “Nas Praias do Pacífico’ de Marco Antônio Marzano e “Pacífico o Magnifico” de Geraldinho Alvarenga e Paulinho Pedra Azul e o samba enredo “O Poeta da Paz” de Marcos Lemos, Brasa Liberato e Gilberto Curi.

Samuel Rosa durante o show do Skank em dezembro de 2002 no Minas Tênis Clube dedicou sua música de sucesso a Pacífico dizendo no microfone ser ele o maior Bossanovista do Brasil.

Uma frase de Aninha Balona para o Pacífico “Belo Horizonte não tem praia, mas tem o Oceano Pacífico”.

Convidado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para participar do show “A música abraça a cidade” com grande público na Praça Tom Jobim.

Novamente a convite da Prefeitura fez o show em homenagem a JK no Museu Abílio Barreto nas comemorações do seu centenário, em 12/09/2002.

Compõs o tema Hino “Bem-Vindo ao Rio”, com Eustáquio Sena, para o 1º Festival Internacional de Bossa Nova, programado para ser realizado em 2006, no RJ.

Pacífico Mascarenhas é diretor social do Minas Tênis Clube à 18 anos seguidos, sendo eleito para o triênio 2005 à 2007. Recebeu o Escudo de Ouro do clube em 29/11/96 por méritos minastenistas.

Recebeu outra medalha especial em 16/11/95 durante a festa de 60 anos do clube por ter feito no Minas um palco de estrelas.

Recebeu também medalha como Diretor Social Compositor na festa do Brasil 500 Anos em 21/05/01.

Recebeu o Troféu-Pró Música de melhor produtor artístico de 1996 pelos eventos no Minas Tênis Clube.

Citado no livro “Minas Tênis Clube Tradição e Modernidade” nas páginas 65, 66 e 181.

Recebeu o diploma de Honra ao Mérito, da Ordem dos Músicos de Minas Gerais, pelo relevante incentivo e apoio a classe musical do estado de Minas Gerais em 09 de abril de 2003.

A convite do Governador Aécio Neves, recebeu a medalha Presidente Juscelino Kubitschek, no dia 12 de setembro de 2003, em Diamantina.

Em fevereiro de 2004, foi convidado para ser o 7º(entre 10), membros Diretores do Museu do Clube de Esquina.

Compôs novamente a pedido de Coaracy Nunes Filho, presidente da CBDA, um novo hino para a Copa do Mundo de Natação, realizada em fevereiro de 2005 em Belo Horizonte no Minas Tênis Clube.

É empresário têxtil de um grupo de quatro fábricas de família pioneira de tecidos no estado de Minas Gerais. Conhecido como pioneiro em coleção de carros antigos, tendo sido o primeiro presidente do Veteran Car Clube do Brasil - MG.

Casado com Emília Margarida. Tem 03 filhos: Francisca, Alexandre e Carlos e dois netos Ivon Francisco e Antônio.

Recebeu o troféu social/cultural pela atuação no Minas Tênis Clube, da CBC "Confederação Brasileira de Clubes", como melhor diretor social do Brasil, entre os mais de 6000 clubes filiados, no XVI congresso brasileiro de clubes em Salvador, Bahia em 05/11/2005.