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Biografia de Padre Zezinho

Ele acha o título "Padre Multimídia" engraçado e diz com um leve sorriso: - Eu mais 500 outros. Sou tão multimídia que 9 entre cada 10 jornalistas novos nunca ouviram falar de mim e os mais antigos apenas sabem que eu existo. E não é culpa deles. Foi escolha minha!

Sou cantor de bastidores. Mais faço cantar do que canto. Não me tornei conhecido para divulgar minha canção e o meu pensamento. Divulguei o meu pensamento e minha canção para um pequeno grupo e, quando o que cantei ou escrevi chegou mais longe, alguém me procurou e assim tornei-me um nome conhecido entre católicos e evangélicos.

No âmbito de Igreja meu trabalho aparece, mas meu rosto e minha pessoa ficam nos bastidores, pedindo que joguem os holofotes nos jovens e não em mim. Sei usar o palco, mas prefiro mostrar os novos talentos. A Igreja tem que se renovar. Só apareço quando é preciso. Não sou homem de holofotes. Os holofotes é que de vez em quando me acham. Há duas doenças que não tenho: holofotite e microfonite agudas. E há uma santa da qual não sou devoto: Santa Mesmice. Quem se repete demais não está comunicando, está regurgitando!...

Professor de comunicação por 25 anos no Instituto S.C.J, hoje Faculdade Dehoniana de Taubaté, com palavras claras define o papel do padre comunicador: Ele tem que deixar claro que veio e vem depois. Há sempre alguém maior e melhor do que ele em alguns aspectos e em algum lugar do país e até na sua região. Por isso ele deve resistir em misturar altar com palco, ou em permitir que os marketeiros da diocese ou da paróquia ponham sua foto em tamanho gigante no fundo do palco ou do átrio: Alguma coisa está errada no coração ou na cabeça do padre que aceita celebrar com um pôster dele dez vezes maior do que o altar onde ele preside a missa, ou no que põe 40 fotos suas no seu CD de 12 canções. Tem “ eu” demais e pregador de menos ali!

Sobre o padre e a fama diz ele:

Sei de outros colegas padres que procuram espaço na televisão e no rádio para se tornarem conhecidos. E esse é um legítimo direito deles. Depois que se tornam conhecidos escrevem ou cantam e esperam ser convidados a pregar pelo país ou pelo mundo. Não é errado sonhar alto. Os apóstolos também viajaram. Mas vejam que mestre eles tiveram. Se no tempo deles houvesse Internet talvez tivessem, cada um, o seu site. Mas eu me pergunto se dariam o seu endereço oferecendo-se para ir dar palestras e shows. É um caso a ser debatido. Da minha parte espero que me achem. Nunca me ofereci para shows ou palestras. Sempre esperei ser convidado. Nos períodos em que ninguém me chamou escrevi mais de 80 livros. Não dependo de rádio e de televisão. Sei viver sem estes veículos e imagino que Paulo também saberia, embora sejam muito úteis Mas são como cavalo xucro. Quem monta de qualquer jeito não chega aos oito segundos... Respeito a mídia porque sem ela um povo acaba menos povo, mas não faço média para poder fazer mídia. Não a procuro. Se alguém da mídia me procura confio no seu senso profissional porque sei que o jornalismo é uma profissão difícil. Não é fácil ser isento. Se o repórter for injusto para comigo e se percebo que não registrou corretamente o que eu lhe disse e até me deturpou, entendo que nosso encontro gerou duas vítimas: eu que fui pisoteado nos meus direitos e ele que brincou com uma profissão que considero sagrada. A verdade passou por ele e ele a poluiu.

São ainda idéias dele passagens como esta:

Querer ser conhecido é bom. Querer virar ídolo é coisa de gente desmiolada. É pedir para perder a liberdade. A maneira como alguém ficou famoso ou conhecido é um caminho pessoal. O que acontece depois que se atinge a notoriedade na Igreja ou fora dela é que revela a pessoa que somos. Um atleta que escala um pico de 8 mil metros e lá finca para a posteridade uma bandeira com o próprio nome, demonstra qual a sua ética. O outro que põe lá a bandeira do seu país é muito mais pessoa.

Nos mais de 80 livros que publicou e nos mais de 115 álbuns de canções que já gravou, Pe Zezinho scj foi sempre o educador. Fez pensar. Sempre insistiu em ver seus jovens de livro na mão. Mais fez cantar do que cantou. Chamou gente para comunicar com ele. Revelou talentos. No tempo da febre da discoteca tentava entender aceitar aquela modalidade de diversão, mas preferia os jovens de biblioteca. Trouxe vários escritores para Igreja. Quem foi aos seus programas, às vezes acabou ganhando espaço próprio. Fundou grupos e obras que passou para as mãos de outros assim que entendeu que outros poderiam liderar.

Raramente fala de si mesmo. Nos seus shows é raro que dê testemunho de sua vida pessoal. Fala de seus pais e seus irmãos, mas nunca de si mesmo. De vez em quando lembra que seus pais que eram paralíticos, fala dos amigos de outras religiões, ou pessoas de quem aprendeu algo importante. Sua pregação tem pouco “eu” . Aponta sempre para os outros. No show de 30 canções, ele canta pessoalmente 8 e as outras 22 ele as confia aos outros cantores.

Quando cantou, foi para fazer cantar. Por isso das 1.600 canções gravadas, mais de 100 ainda são cantadas em igrejas do mundo inteiro. Seus estribilhos são de conteúdo catequético forte mas fáceis de repetir. As letras traduzem encíclicas sócio-políticas dos últimos papas, do Celam, da CNBB ou textos de algum teólogo famoso. Desde jovem padre foi escolha sua musicar esses temas para que o povo tomasse conhecimento deles. Inspira-se em Santo Efrém um diácono cantor do século III que evangelizava através de textos curtos, poemas, teatro e canção. Costuma brincar, dizendo que o herege Ário também era bom de canção, de palco e de canto e que nas igrejas há cantores santos e cantores religiosos!

Percebe-se pelos títulos de suas obras que Pe Zezinho canta as perplexidades , o Coração de Jesus e o coração do povo, a compaixão, a libertação e histórias de cruz e de ressurreição. Sua pregação é reflexo do grupo de padres ao qual se filiou, os Padres Dehonianos (scj- Sagrado Coração de Jesus) cujo fundador Leão Dehon era sociólogo, filósofo, advogado, teólogo e jornalista e promotor de sindicatos católicos de patrões e de operários...

Cantou para Paulo VI, três vezes para João Paulo II e recentemente foi convidado a cantar para Bento XVI na noite dos jovens. Sua primeira observação foi: - Agora tenho 65 anos.Não seria melhor chamarem um padre mais jovem? Se acham que devo ir, permitam-me levar um grupo de seis a oito jovens comigo. Permissão concedida.

Lecionou por 25 anos Prática e Crítica de Comunicação nas Igrejas. São dele, entre mais de 80 livros escritos, os livros Do Púlpito para as Antenas- a difícil transição; Novos Púlpito e Novos Pregadores; A Fé Humilde ; O amor Humilde; Apenas um rio que passa; Palavras que não passam; Orar e pensar como Família; E Deus te quis mulher; O direito de ser jovem; A geração insatisfeita; Adolescentes em busca de um porquê; Adolescentes em busca de algo mais.

Estão a caminho: Maria do jeito Certo, Meu jeito de ser católico, Adolescentes em busca de si mesmos, Adolescentes em busca do outro; Da família sitiada à família situada; De volta ao catolicismo; Quando os pais também não sabem; Dizem que Jesus lhes disse...

Os mais de 115 cd´s e DVDs são encontráveis na sua maioria nas Edições Paulinas. Estão a caminho Fué tu Corazón, (DVD –CD em 6 linguas), 6 novos cd´s falados e coleções para lembrar a terra, o povo, as dores e a fé dos povos latino-americanos. Pe Zezinho,scj compõe e canta em 6 línguas. Publica desde l968 com as Paulinas(revista Família Cristã, Livros, CD´s. DVD´s www.paulinas.org.br ou [email protected] e a Paulus, www.paulus.com.br e atua na TV Século 21 em diversos programas, sendo titular do Palavras que não passam. É retransmitido por mais de 300 emissoras através da Rádio Milícia da Imaculada,( SP) Radio Aparecida,( Aparecida) Radio Nove de Julho ( SP) e Radio Vale Verde (Pr).

Mais informações no site oficial www.padrezezinhoscj.com

contatos com a equipe [email protected]