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Biografia de Rodrigo

Rodrigo Ferreira Inácio nasceu em Lisboa, na Freguesia da Graça, em 1941. Mais conhecido apenas por Rodrigo (Lisboa, 29 de junho de 1941) é um fadista português.

No ”Verão quente” de 1975, em plena agitação revolucionária, surgiu um fadista de êxito. Rodrigo. Começou a cantar como amador em Cascais.

Rodrigo Ferreira Inácio nasceu em Lisboa em 1941 e gostou de cantar desde criança.

De origem pobre abandonou os estudos quando tinha apenas onze anos e começou a trabalhar para ajudar a familia. Passa por uma série de empregos até se estabilizar como mordomo de um conde em França, para onde entretanto se muda.

Quando regressa a Portugal, torna-se sócio de uma empresa gráfica, que abandona em 1975 para se dedicar exclusivamente ao fado. Embora cantasse desde criança, só aos 20 anos interpretou um fado pela primeira vez.

Aos 19 anos, fazia parte de um grupo chamado Os Cinco Reis, que interpretava versões em português de músicas latino-americanas. A banda chega mesmo a gravar um disco e a aparecer em diversos programas de televisão.

A chamada de Rodrigo para a tropa, numa altura em que Os Cinco Reis se preparavam para gravar o seu segundo disco, ajuda a colocar um rápido final na carreira da banda.

Quatro meses depois, abandona o serviço militar devido a problemas pulmonares, regressando à vida de civil e arranjando emprego na Companhia Colonial de Navegação, que abandona mais tarde para rumar em direcção à Europa.

Quando torna a Portugal, cinco anos depois, vem mais experimentado em línguas e na escola da vida. Muda-se então para Cascais e começa a frequentar casas de fados, onde um grupo residente de guitarristas acompanhava os amadores que ali se apresentassem.

Com um conjunto de amigos aprendeu alguns fados e começou a ser solicitado para espectáculos ao vivo.

Foi ainda como amador que Rodrigo gravou os seus primeiros discos, como é o caso de "Eu Sou Povo E Canto Esperança". Durante um espectáculo em Alpalhão, em 1975, percebe-se que já tem um público fiel e toma a decisão de se profissionalizar e o seu trabalho seguinte, "Coentros E Rabanetes" alcança um sucesso não esperado, e que é recuperado mais tarde por "Cais Do Sodré".

O currículo de Rodrigo cresce então a olhos vistos, e nele pode incluir uma actuação no Festival Auteur Du Monde, no Casino de Monte Carlo, onde representou Portugal, e um título de Cidadão Honorário atribuído pelo Senado do Estado de Rhode Island (EUA), como prova do apreço por parte do público local.

Rodrigo abre também a sua própria casa de fados em Birre, arredores de Cascais, e a meio da década de 80, foi um dos impulsionadores da União Portuguesa de Artistas de Variedades (UPAV), um projeto onde o fadista era tesoureiro e que contava com Carlos do Carmo e José Mário Branco na direção, aonde a tradição do fado está bem iluminado com fadistas e guitarristas de alto nível.

Sempre com uma palavra a dizer em tudo o que diga respeito à evolução do fado, Rodrigo sempre afirmou que a canção nacional deve acompanhar o desenvolvimento dos outros estilos musicais e da própria sociedade, abordando os problemas actuais. Uma vez que - diz ele - essa é a melhor forma do fado se renovar, mantendo, ao mesmo tempo, uma continuidade.

As sua digressões pelo estrangeiro são numerosas mas,nunca falta presênça no Natal dos Hóspitais.

Com fados populares, despretenciosos e comunicativos, o disco regista um enorme sucesso de vendas, repetido com Cais do Sodré (1979).

Rodrigo é um grande fadista e apontador de histórias e lendas relacionado com o fado.