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Biografia de V8

O V8 era uma banda argentina que se apresentou pela primeira vez, ao vivo, no Clube Sahores de “Villa del Parque", Buenos Aires, em julho de 1980, com Ricardo “Chofa” Moreno (guitarra), Ricardo Iorio (baixo) e Gerardo Osemberg (bateria).

Algum tempo depois, Iorio conheceu Alberto Zamambirde e tornaram-se amigos. Quando “Beto” Zamambirde decidiu sair de sua antiga banda, W.C., devido a problemas com o guitarrista, passou a ser o novo vocalista do V8.

Até o ano de 1982, Osvaldo Civile (que se suicidou no ano de 1999, quando terminou de gravar o último álbum do Horcas) tocava em uma banda chamada “Té De Brujas”; era famoso por ter uma parede de mihuras (um amplificador da época). Em maio de 1982 entrou para o V8 substituindo Ricardo “Chofa” Moreno (guitarrista fundador), que saía da banda por problemas de saúde. No primeiro ensaio, o baterista Alejandro “Pesadilla” Colantonio destruiu a bateria com a qual estava tocando; antes do ensaio seguinte, Iorio despediu o baterista, que foi substituído por Gustavo Rowek (dono da bateria destruída, ex-companheiro de Alberto Zamambirde na banda W.C e futuro baterista do Rata Blanca, na época).

Com o apadrinhamento de Norberto Pappo Napolitano, tocaram ao vivo pela primeira vez no “B.A. Rock do 82”( (onde Piero pedia isqueiros e dedos em formato da letra “V” para cantar “Manso y Tranquilo”), no meio de grupos hippies que os recusaram plenamente.

O primeiro álbum, “Luchando Por El Metal”, saiu à venda em março de 1983, na etapa de maior popularidade do gênero musical, colocando-os como segunda banda mais importante da Argentina, atrás apenas do legendário Riff. Os hits eram “Hiena De Metal”(Com Pappo na guitarra), “Destrucción” (ambos haviam sido incluídos na demo) e “Brigadas Metálicas”. No mês de julho abriram o show do Riff no estádio da equipe de futebol “Vélez Sarsfield” (com uma performance muito ruim, devido às condições da produção sonora) e do espanhol “Barón Rojo”, em outubro, no estádio “Obras”.

No dia 23 de dezembro apresentaram-se no campo da equipe de futebol “Platense”. Em ambos os shows houve incidentes muito graves, feito que colocou em perigo a continuidade não só da banda, mas de todo o heavy metal na Argentina. Durante todo o ano de 1984 reduziram consideravelmente o número de shows e dedicaram mais tempo à preparação do segundo álbum, “Um Paso Más En La Batalla”. O disco recém-gravado foi posto à venda apenas em fevereiro de 1985; este período tão largo de inatividade reduziu a popularidade da banda.

Realizaram algumas apresentações em São Paulo, mas houve desentendimentos que fizeram Iorio e Alberto Zamambirde voltarem a Buenos Aires. Chamam logo Gustavo Rowek para retornar ao V8, mas este não quis voltar à banda. Junto com Gustavo Rowek, Osvaldo Civile também se separa. A solução foi substituir este dois integrantes por Gustavo “Turco” Andino (bateria), Walter Giardino (guitarrista que mais tarde fundou o Rata Blanca) e Miguel Roldán (guitarra). Oito meses e quatro shows mais tarde, Walter Giardino foi expulso da banda, e junto com ele Gustavo “Turco” Andino também se afastou. A última formação acabou por ser um quarteto, com Adrián Cenci na bateria.

Com a conversão de Alberto Zamambirde e Miguel Roldán ao cristianismo (algo inimaginável poucos meses antes), a banda lança o último disco que o contrato exigia, “El Fin De Los Inicuos”, de 1986. Os fãs não puderam acreditar que estes músicos (agressivos e pesados), a quem idolatravam, agora catavam mensagens cristãs.

No ano de 1992 foi lançado “No Se Rindan”, uma coletânea que resume o material mais compacto do grupo.

Em 1996, no “Estadio Obras”, juntou-se parte dos ex-membros da conhecida formação do V8 para celebrar o “Metal Rock Festival”, como banda principal; a este acontecimento somente faltou Iorio. Outras bandas que também tocaram foram Vibrión, Horcas (de Osvaldo Civile), Logos (de Alberto Zamambirde e Miguel Roldán) e Rata Blanca (de Walter Giardino). Isso fez com que circulassem rumores que asseguravam a existência de promotores dispostos a colocar meio milhão de dólares para realizar uma “re-união” formal do V8, o que infelizmente não aconteceu.

Formação mais importante da banda:

Alberto Zamambirde- Vocal
Osvaldo Civile- Guitarra
Ricardo Iorio- Baixo
Gustavo Rowek- Bateria