Viajando, nas estradas, Zé Rolha na frente
Tocando berrante chamando a boiada
O Chiquinho, sempre do lado,
Distraindo o gado tomando cuidado na encruzilhada
E a gente vivia, tocando a boiada.
Mas um dia, na invernada, deu uma trovoada
E numa derriçada o gado estourou
Nesse dia, morreu Zé Rolha,
Caiu do cavalo foi dentro do valo e a boiada pisou
Fiquei eu e Chiquinho, tocando a boiada.
Num Domingo, de rodeio, Chiquinho bebeu,
Não me obedeceu, e pulou no picadeiro,
Num relance, atirei na rês, a vaca tremeu,
Mas num pulo que deu, matou meu companheiro
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada.
Viajando, nas estradas, não toco berrante
Nem vejo lá adiante meus dois companheiros
Deste trio, ficou a saudade, e em toda cidade
O povo pergunta dos três boiadeiros
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada,