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Curiosidades sobre Dom e Ravel

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  • Em 1970, logo que o Brasil foi tricampeão mundial de futebol, a dupla “Dom e Ravel”, que não era sertaneja, lançou a canção “Eu te amo, meu Brasil”. O caráter ufanista agradou os governantes da época da ditadura, que se tornaram próximos da dupla. Essa proximidade custou algumas acusações a eles, que foram chamados de “vendidos”. A canção era tão positiva que o então governador de São Paulo, Abreu Sodré, chegou a sugerir ao presidente Médici que a música fosse o novo hino nacional brasileiro.
  • Dom & Ravel, em 1969 lançaram o primeiro LP "Terra boa", trazendo 'Você também é responsável', transformada pelo ex-ministro da Educação, Jarbas Passarinho, em hino do Mobral, o Movimento Brasileiro de Alfabetização. “Dois anos depois, o que prova que ela não foi feita sob encomenda”, frisa Ravel.
  • A dupla Guilherme e Santiago regravaram “Eu te amo, meu Brasil” no álbum "ABCDE".
  • Pelo caráter ufanista das canções da dupla Dom e Ravel o regime político passou a se servir do sucesso da dupla. “Éramos visitados por militares armados, que nos davam passagens aéreas e as indicações dos locais onde devíamos nos apresentar. Não havia cachê, nem a remota possibilidade de dizer não”, determina Ravel. Em 1973, quando Dom & Ravel gravaram 'Animais irracionais', falando de injustiça social. A direita não gostou e os dois viveram o outro lado da moeda. O disco e a música foram banidos das rádios. “Ficamos desacreditados, tivemos nossas casas invadidas, fomos agredidos, surrados”, rememora Ravel.
  • Eduardo Gomes de Farias - o Ravel – ganhou o apelido de um professor de música por causa de sua aptidão para a arte.
  • Ravel afirma que a música "Eu te Amo meu Brasil" foi composta só para aproveitar a onda do tricampeonato da seleção de futebol. “Mas nossos sobrenomes Gomes de Farias ajudaram a aumentar a confusão”, conta Ravel, lembrando a associação que as pessoas faziam com o brigadeiro Eduardo Gomes e o general Cordeiro de Farias. Também falavam que os dois eram filhos de militares. Na verdade, o pai deles era um pequeno comerciante paraibano e a mãe, uma dona-de-casa cearense, que chegaram a São Paulo nos anos 50 carregando a dupla de irmãos (Eustáquio o Dom - e Eduardo - o Ravel) e a caçula Eva. Nascidos em Itaiçaba, Ceará, eles cresceram na periferia paulistana.

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