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A Pequitita

Dalvan

Meu caminhão boiadeiro,
Minha casinha bem feita,
Meu violão seresteiro.
Esposa boa e direita,
A criançada patola,
A caçulinha boneca,
Uma grandinha na escola,
Mais um baixinho sapeca.

Sentado na cabine do possante
Eu me preparo para mais uma jornada
Esquento a máquina, me ajeito no volante,
Vejo a turminha na janela debruçada.
Já com saudade da caçula piquitita
Anjinho lindo acenando para mim
Ajeito o espelho, vou saindo de mansinho
Dou uma buzinada, e para a turminha canto assim:

Tchau tchau piquitita, tchau tchau
Cuida bem da mamãe pra mim
Tchau tchau piquitita, tchau tchau
“Vou cuidar papaizinho, sim sim”

Meu caminhão boiadeiro
De gado bom carregado
Rei do sertão brasileiro
Corta montanha e cerrado
Igual ao seu motorista
Parece ter coração
Sofre, tem glórias na pista
Amigo na solidão

E rodando bem tranqüilo pela estrada
Vejo crianças na janela em saudação
Fico feliz e correspondo a garotada
Sinto bater descompassado o coração
E representa que estou vendo a piquitita
Que bem distante esperando está por mim
Aperto o passo e dou uma acelerada
Dou uma buzinada e pra turminha eu canto assim:

Tchau tchau piquitita, tchau tchau
Cuida bem da mamãe pra mim
Tchau tchau piquitita, tchau tchau
“Vou cuidar papaizinho, sim sim”

Composição: Chrysostomo Pinheiro de Faria/Joao Gomes de Almeida





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