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Quarto De Mansão

Gilberto e Gilmar

Pelo vitrô dentro de um quarto em minha frente, vejo
um vulto diferente, mal posso compreender,
me aproximo de tanta curiosidade por saber que na
verdade chega me surpreender
e por de traz de uma cortina transparente, sob a luz
fosforecente vejo um corpo de mulher,
que aparenta 20 anos mais ou menos pelo o que estou
sabendo meu carinho ela não quer

e eu me perco diante de tanta beleza, presente da
natureza ela merece também, como se veste roupa
intima elegante o seu jeito provocante não parece com
ninguém, se retrocede num instante tão segura
num sorriso de ternura, deixa no vaso uma flor, ela se
curva sobre a cama lentamente
e despercebidamente ela faz cenas de amor,

no desespero de uma vida tão vazia curte um som sem
alegria em seu quarto de mansão, quando se perde entre
um som de toca fitas, eu a vejo mais bonita
do meu quarto de pensão. Ela contempla o seu rosto
calmamente com um gesto diferente mãe de um
rosto abravador, eu delirando no vitrô quase fechado,
no calor desesperado quase morrendo de amor,

discretamente sai do quarto e fecha a porta, logo
depois ela volta do banho pra se enxugar, ela se
esconde na toalha umedecida sob uma luz colorida que
esta para se apagar. Nesta penumbra devagar
vai se deitando suas mãos vão deslizando para o sono
começar.

A luz se apaga tudo acaba eu fico triste, em saber que
nada existe entre nós eu vou chorar....
A luz se apaga tudo acaba eu fico triste, em saber que
nada existe entre nós eu vou chorar....

Composição: Zé da Praia e Paula de Paula





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