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Pedido De Um Gaúcho

Gildo de Freitas

Quero deixar um pedido gravado bem na memória
Quando eu ir para o céu que findar a minha história
Vou cantar versos pros anjos pra todo o reino da glória.

Falado:
Tiram a louça da reza e faça um grande sovéu
Que eu possa subir por ele até na porta do céu
Por que Deus há de ouvir a reza que o povo fez
Eu de lá hei de cantar versos lindos pra vocês.

Cantado:

E o meu primeiro pedido agora vou declarando
Quero uma cavalaria meu enterro acompanhando
E o povo batendo palma e uma sanfona chorando.

Na hora de me velar quero quatro candeeiros
Devidamente pilchados meus amigos e companheiros
Eu quero ser enterrado bem ali no meu terreiro.

Falado:
Em roda do meu jazigo deixar crescer o capim
Um ou dois cavalo amigos pastando em roda de mim
Não me ponham na parede porque é contra meu querer
Me ponham na terra virgem que me ajudou a crescer.

Cantado:

Não é preciso ter choro que todos pesam assim
Quero dois índios trovando no dia que tiver fim
E o que eu cantei pra vocês quero que cantem por mim.

Falado:
Amigos este convite é pro fim da minha vida
Quero cantiga a vontade que corra frouxa a bebida
Bebam, cantam ,mas não brigam, respeitam o meu defunto
Para evitar que eu me alerte e saia peleando junto.

Cantado:

É meu último pedido atendam com devoção
A bandeira do rio Grande enrole no meu caixão
E um letreiro na cruz que vai cravado no chão
Aqui descansa o gaúcho que honrou a tradição.

Composição: Leovegildo Jose de Freitas/Marco Aurelio Santos de Deos





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