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Rancho Sem Vida

Gildo de Freitas

Meu rancho caído na beira da estrada
Tu deves lembrar do que lembro também
Quando eu brincava com a criançada
Meus bons companheiros que eu tanto quis bem.
Ranchinho tu lembras das noites de lua
Que eu abraçava o meu violão
Meus bons companheiros também rodeavam
Escutando verso com toda atenção.

Mais obriguei-me sair pelo mundo
Chorando a saudade da separação
Por que a morte arrancou um tesouro
Que eu tinha guardado no meu coração.

Depois que eu perdi minha mãe querida
Não tive na vida sossego pra nada
Vivendo tristonho num triste abandono
Como um cão sem dono na beira da estrada.
Hoje ao passar por aqui recordei
As horas alegres que tornou-se nada
Aqui eu perdi quem eu tanto amei
E a minha alegria ficou sepultada.

Falado:
Aqui eu perdi o meu querido pai
E aminha mãezinha aqui faleceu
Hoje só resta esta rancho caído
E o cantar tristonho que sou eu.

Meu rancho sem vida na beira da estrada
E dentro de ti ninguém mais morou
Não presta pros outros porque não tem teto
Mais o teu afeto contigo ficou.
Eu vou reformar-te, fazer-te capela
Pra ele e pra ela que um filho deixaram
E de hoje em diante será campo santo
Pra aqueles que tanto meu berço embalaram.

Composição: Gildo De Freitas





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