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Vida De Camponês

Gildo de Freitas

Viver bonito é a do camponês
Ele trabalha, mas também descansa;
Da própria terra é que ele se alimenta,
Descansadinho sem haver lambança.
Por que o vizinho mais pertinho dele
E uma légua, duas vezes ou mais -
Pra se falar só se houver doença
Ou aos domingos em alguma festa,
E é assim que ele leva a vida
Na sua lida cheia de esperança.

Seu lindo rancho de capim coberto
Terreiro limpo cheio de arvoredo
A serenata que ele ouve de pé
Belos passarinho de manhã bem cedo.
Já se acorda cheio de alegria
E se levanta com satisfação
Prega no grito, levanta a família
E se dirige direito ao galpão,
A mulher velha conhece seu vício
Dá o início no seu chimarrão.

Toma um amargo, belisca um salgado
Por que sem carne o corpo não agüenta
E é preciso andar reforçado
Pra dominar as suas ferramentas.
Sempre tem uma pra tirar o leite
E dar p trato para a criação,
Daquele leite se faz o café
Faz a manteiga pra passar no pão.
E o mais pequeno tem o privilégio
De ir ao colégio aprender a lição.

Domingo cedo todos se levantam
De roupa limpa ele e todo os seus
Vão a capela lá no pé da Santa
Rezar a missa e rogar a Deus.
Isto que é vida bonita e perfeita
Séria e direita por obrigação
Tanto na planta, como na colheita
Como na sua própria religião
E os camponeses que disso não demuda
Sempre Deus ajuda na sua plantação.

Composição: Gildo De Freitas





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