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Violeiro

José Fortuna

Soldado da poesia
galo índio do terreiro,
mensageiro da saudade,
tudo isto é o violeiro
Sua bandeira é a viola,
madeira fria que encerra
o canto triste saindo,
do peito quente da terra.

Violeiro, sol da noite,
na garganta traz mensagem,
é grito de liberdade,
de caminho e de passagem
é quem faz de sua vida,
a vida de quem procura,
ilha deserta nos mares,
estrelas em noite escura.

Violeiro, voz de aço,
como as cordas da viola,
peito firme como a rocha
cascavel quando se enrola
Mas entende a voz dos anjos,
e o cantar dos passarinhos,
entende o chorar da brisa,
quando chega de mansinho.








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