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O Pinguço

Juliano e Jardel

Aquele pinguço que vai cambaleando
Sorrindo e cantando a cumprir sua sina
Já foi proprietário aqui nesta vila
Da mansão mais linda da rua de cima

Porém certo dia um amor arranjou
E tudo passou no nome da amada
Que quando pegou os documentos na mão
Naquela mansão proibiu sua entrada

Agora é madame orgulhosa e rica
A mansão bonita agora é sua
Assim fez de um homem honesto e honrado
Um esfarrapado pinguço de rua

Coitado, perdeu para a amante maldosa
A mansão valiosa e tudo afinal
É a razão que um homem se entrega à bebida
Perdendo na vida ilusão e a moral

Enquanto hoje dorme na calçada fria
Aquele que um dia foi homem de bem
Em cama de prata feliz dorme agora
Quem foi em outrora mulher de ninguém

Composição: Praense / Criolo






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