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Meu Canto Caipira

Leyde e Laura


O braço da viola é o meu passaporte
Eu nasci com sorte de ser brasileira
Com o som do ponteio eu me sinto mais forte
Para traçar meu bote na pedra certeira
As rimas que eu faço, destacam meus versos
Neste universo eu sou menestrel
Se o pranto da vida me mostra o reverso
Com Deus eu converso e ponho no papel
A dor da distância é que me entristece
Meu peito padece a saudade me inspira
Se lembro dos tempos lá do meu rincão
Os tristes momentos de recordação
Com a solidão do meu canto caipira.

A mente retrata minha vida passada
E projeta uma estrada batida de terra
O vento da tarde encontra a florada
Na brisa molhada na encosta da serra
Vejo a queda d’água da grande cascata
O sereno da mata molhando o varjão
Passarada em bandos revoam no ar
E o sol a brilhar no azulado do céu
A velha porteira batendo com o vento
Fecha o pensamento em forma divina
Comboio da fauna na imaginação
Um tema que eu sinto a beleza do chão
O velho espigão do meu canto caipira.

Nós somos irmãs com o mesmo destino
Trazemos no intimo o dom de cantar
A perseverança é um livro de ensino
E o poder divino é que nos faz brilhar
Em busca da gloria vamos prosseguindo
E o povo aplaudindo dá nova emoção
O palco da vida fechando e se abrindo
Vai nos conduzindo prá nobre missão
Devemos pra fonte do amor e bondade
Cantando a verdade a platéia admira
A poesia cabocla tem por tradição
A raiz e a cultura que vem do sertão
Doce inspiração do meu canto caipira.

Composição: -





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