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Bailongo No Mato Grande

Luiz Marenco

Um par se vem, outro se vai, outro que fica
E a gaita louca se desmancha no salseiro
Salta faísca com fumaça de candeeiro
Que reverbera no cabelo da marica

A gaita velha, muitas vezes, é culpada
Do diz-que-diz-que, dos bochinchos e segredos
Mas o gaiteiro faz de conta e não diz nada
Porque ele sabe que os culpados são os dedos

De cada china, cada olhar é uma aripuca
Promessa linda que tonteia quando chama
Na vaneirita que se adoça e que derrama
Um céu de estrela nas pupilas da maruca

Um galo canta, um cusco acoa, um touro berra
E, na penumbra, a parceria se abaguala
O chinaredo farejou cheiro de terra
E há uma neblina galopeando pela sala

E a gaita xucra se aveluda, se alonjura
Depois, se amansa num soluço de ansiedade
E anda nos ares gaguejando uma saudade
Não há quem saiba de onde vem tanta ternura

De cada china, cada olhar é uma aripuca
Promessa linda que tonteia quando chama
Na vaneirita que se adoça e que derrama
Um céu de estrela nas pupilas da maruca

Um galo canta, um cusco acoa, um touro berra
E, na penumbra, a parceria se abaguala
O chinaredo farejou cheiro de terra
E há uma neblina galopeando pela sala

E a gaita xucra se aveluda, se alonjura
Depois, se amansa num soluço de ansiedade
E anda nos ares gaguejando uma saudade
Não há quem saiba de onde vem tanta ternura
Não há quem saiba de onde vem tanta ternura
Não há quem saiba de onde vem tanta ternura

Composição: Jayme Caetano Braun / Lucio Yanel





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