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Preto De Alma Branca

Pedro Bento e Zé da estrada

Fazenda da liberdade onde coronel vivia
lá todos os empregados gozavam de regalia
mas tudo que bom se acaba cada santo tem seu dia
foi numa tarde junho que o coronel falecia
um preto velho choro na hora que o caixão saia
era o peão mais antigo que na fazenda existia

Com a morte do coronel o seu filho virou patrão,
mas não herdou do seu pai aquele bom coração,
mandou chama o preto velho e disse sem compaixão,
vou manda você embora, não tenho mais precisão,
preciso de homem forte pra cuidar da plantação,
foi mais um golpe doido, na vida desse cristão.

Junto ao mourão da porteira o preto velho choro
ali de cabeça baixa seu passado recordo
de quanto boi pantaneiro nos seus braços já berro
quantos potros redomão sua chilena quebrou
um barulho no piquete de repente ele assusto
um pantaneiro furioso no terreiro adentrou ai

A filha do coronel a sua prendinha querida
aquele anjo inocente brincava tão entretida
o preto saiu correndo com suas pernas enfraquecidas
parou na frente do boi quando ele deu a investida
no chifre do pantaneiro a sua força foi vencida
pra salvar a sinhazinha ele arrisco sua própria vida

O fazendeiro correndo cinco tiros disparo
derrubou o pantaneiro mas nada disso adianto
agarrado o preto velho o coitado inda falo
mande benze a sinhazinha do susto que ela levo
eu preciso ir embora minha hora já chego
e o preto de alma branca deste mundo descansou ai

Composição: Teddy Vieira e Lauripes Pedroso





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