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Resto De Peão

Pedro Bento e Zé da estrada

Eu já não sei onde guardar tanta saudade
Dos velhos tempos que vivi no estradão
Hoje meu peito é um jazigo de lembrança
Onde sepultei os velhos sonhos de peão.
E ao fechar os olhos vejo uma boiada ruminando
A relva umedecida na capina
Um berrante anunciando o fim de mais um dia
A noite morna chegando na surdina.

Eu sou o filho da saudade
Eu sou a lembrança do estradão
Eu sou a sobra de um tempo tão distante
Nada mais que um simples resto de peão.

Mas todo sonho do passado sempre volta
Por que a saudade ressucita novamente
Em pensamento vejo tudo que fazia
Naquele mundo tão gostoso e diferente.
Hoje não vejo mais boiada, nem estrada e nem sertão
E nem um berrante despertando a peonada
Eu que já fui de tudo isso um pouquinho hoje sei
O quanto é triste minha vida em outra estrada.

Composição: João Do Reino e Carlos D'melo





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