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A Marca da Inocência

Sulino e Marrueiro


Na Fazenda Três Limeira
Trabalhava um peão.
Era o moço mais vistoso
Que tinha na região.
A mulher do fazendeiro
Por ele sentiu paixão.
Mas ele não deu confiança
Respeitando o seu patrão.
Ela então pra se vingar, ai, ai
Fez pra ele uma traição. . .

Essa mulher tão leviana
Pro seu marido falou.
Seu empregado de confiança
Hoje não me respeitou.
O fazendeiro furioso
Dois capangas ele arranjou.
Num palanque da mangueira
O rapaz ele amarrou.
Com um ferro de marcar boi, ai, ai
O seu rosto ele marcou. . .

Aquele moço marcado
Dali desapareceu.
Mas essa mulher tirana
O castigo recebeu.
Esperava ter um filho
Que era o sonho seu.
Mas quando chegou esse dia
O seu lar entristeceu.
Com o rostinho marcado, ai, ai
O seu filhinho nasceu. . .

Vendo o seu filho marcado
Ela não se conformou.
Sentiu tamanho remorso
Que o seu crime confessou.
Seu marido nessa hora
Quase louco ele ficou.
Mas pensando no filhinho
A sua esposa ele perdoou
E aquela felicidade, ai, ai
Para sempre se acabou. . .

O pecado que ela fez
Não sai mais da sua mente.
O espelho do teu erro
Ela tem na sua frente.
Vendo seu filho marcado
Com a marca do ferro quente.
Este remorso tão grande
Ela tem eternamente.
Que por ela foi marcado, ai, ai
Duas almas inocentes. . .




Composição: -





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