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Derrota do Boi Palácio

Tião Carreiro e Pardinho

No vale do Paraíba, seu Castorino chegou
Da cidade de São Carlos trazendo dois toureador,
Também trouxe o boi Palácio, um mestiço pulador
A procura de um peão que fosse bom montador.
Porque na zona do norte, 28 peão dos mais forte
O mestiço derrubou, ai.

Já no primeiro domingo, o Palácio foi montado
Pelo Sr. Nenê Lima um peão muito afamado,
Foi pela grande assistência muito dinheiro apostado
O povo estava ansioso na espera do resultado,
O boi pranchava no ar, só via os cascos relampear
Em quatro pulos foi jogado, ai.

Petito lá de Barretos, não é por engrandecer
Lá naquela redondeza é o melhor peão pra meu ver,
Quando soube da noticia também veio se inscrever
Apostou dez mil cruzeiros na certeza de vencer.
Mas o malvado mestiço sem ter grande sacrifício
Também fez ele descer, ai.

Apareceu Gumercindo, um mulato decidido
Falou pro seu Castorino se ele era concedido,
Pra montar naquele boi sem ele ter se inscrevido
Eu garanto que esta tarde vai ser muito divertido.
A fama durou até agora, mas hoje acaba na espora
Deste peão desconhecido, ai.

Ele montou e não caiu, naquele boi afamado
Gumercindo pro revanche, logo ele foi convidado,
No dia cinco de junho, no grande dia esperado.
Tornou montar e não caiu onde foi considerado
Que o marvado do mulato, tem que ser mesmo de fato
O melhor peão do estado, ai.

Naquela grande cidade, depois do boi ser montado
O nome de Gumercindo ta sendo muito falado,
Por esta grande vitória, por este peão alcançado
Arrecebeu vinte contos, honradamente ganhado
O boi Palácio voltou pra terra que se criou
Por ter sido derrotado, ai.


Composição: Carreirinho e José de Moraes





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