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Fim da Picada

Tião Carreiro e Pardinho

Barranco de lado a lado metro e meio só de estrada,
Quem saiu de lá com vida de um estouro de boiada,
Briga de foice no escuro prá ele é marmelada,
Prá quem já caiu no fogo, uma brasa não é nada.

Quem está molhado de chuva, não tem medo de sereno,
Quem perdeuum grande amor desprezo é café pequeno,
Água quente é refresco prá quem já bebeu fervendo,
Quem foi mordido de cobra não tem medo de veneno

A esteira é conforto pra quem já viveu na estrada,
O lençol é cobertor prá quem já dormiu na geada,
Quem pegou na picareta zomba do cabo da enchada,
Brinca na ponta de faca quem quebrou ponta de espada.

Quem bateu sino de Roma não pode bater sincero,
Pra quem já enfrentou leão touro bravo é bezerro,
É esse o fim da picada meu pagode não tem erro
Quem cantou na grande guerra não pode chora no enterro.

Composição: Tião Carreiro/Lourival Dos Santos





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