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Pretinho Aleijado

Tião Carreiro e Pardinho

Com mil e oitocentos bois eu saí de Rancharia,
Na praça de Três Lagoas cheguei no morrer do dia
O sino de uma igrejinha numa estranha melodia
Anunciava tristemente a hora da Ave Maria.
Eu entrei igreja adentro pra fazer minha oração
Assisti um quadro triste me cortou meu coração
Um pretinho aleijado, somente com uma das mãos
Puxava a corda do sino cantando triste canção.
Aaaaaaai ai...

Aquela alma feliz era um espelho a muita gente
Que tendo tudo no mundo da vida vive descrente
O meu negro coração transformou-se de repente
Ao terminar minha prece era um homem diferente.
Noutro dia com a boiada, saí de madrugadinha
Muitas léguas de distância esta notícia me vinha
Um malvado desordeiro assaltou a igrejinha
E matou o aleijadinho pra roubar tudo que tinha.
Aaaaaaaai, ai...

O sino de Três Lagoas vivia silenciado
E eu com meu parabelo andava atrás do malvado.
Votando nesta cidade vi o povo assustado
Diz que o sino a meia noite sozinho tinha tocado.
Quando entrei na igrejinha uma voz pra mim falou
Jogue fora essa arma não se torne um pecador
Tirar vida de um Cristão compete ao nosso Senhor
Conheci a voz do pretinho o meu ódio se acabou.
Aaaaaaaai, ai.

Composição: Luiz Raymundo/Teddy Vieira Azevedo





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