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Cabanha Sevilha

Xiru Missioneiro

Fui visitar uma cabanha do amigo Lucio Moraes
Índio templado aos quatro ventos taura bueno por demais

Lá da cabanha sevilha, fogo mangue é um aporreado
Um baio ruano veiáco da peonada respeitado
Tapei ele de rodia se amontuou no pastiçal
Nem bem se acordou do tombo já tava atado no pau

Soltei meu pingo de arreio meti os caco no ventena
Me fui pra o lombo do baio saiu cantando a chilena
Que ia emboucando as macega corroborando o veiáco
Fazendo tato e coruja se atrafuiá nos buraco.

A sete dente pegando só pro baio se cortar
E fomo se abaraiando inté a cosa miorá
Infiava inté o papagaio e o baio urrava de dor
Que ia pro céu mergulhava igual martin pescador

Se amolentemo à tirão no meio da polvadera
E o mango véio descia mesmo que santo em terrera
Foi num baio da sevilha que eu quase que me arrebento
Corcoviava se arrodiando parecia um cata-vento.

Corcoviou a tarde inteira não pode me derrubá
Se amansou pra piazada inteira pra qualquer chinoca andar
Deu um pingo de confiança e bueno de toda encilha
Do andar do Lucio Moraes lá da Cabanha Sevilha

O taura Lucio Moraes do baio conhece a manha
Verdadeiro cabedal escultura da cabanha
Só não pode apertar a cincha que se empina e abre a goela
Pois tem caco de roseta entre as ripa de costela

Composição: Jorandir Pereira de Souza/Jose Joao Sampaio da Silva





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