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Peste do Chifre

Xiru Missioneiro



Tanto homem depois que casa sempre arruma uma filial
E esta filial sempre tem outro também
É uma chifraiada que não tem tamanho
A moda do chifre está pegando muito bem.
É um entreveiro de guapa que ninguém atura
A doença não tem cura e remédio não tem também -
Ataca na cabeça e dá um revertério na cuca
Deixa a idéia maluca, chifre vai e chifre vem.

Se tu me botar guampa eu também te boto chifre
Se tu me botar chifre eu também te boto guampa
É chifrada por cornada por mais que tu não mereça
Esquenta a cabeça e acaba circuitando as guampas.

Mulher depois que casa, meu bem pra cá meu bem pra lá
Mais logo pega enjoar a mesma comida todo dia -
Se acha inteligente, faz comida diferente
E ela acaba satisfeita com a sua companhia.
Pinguancha que casa nova sonha com rancho e família
No começo é maravilha e os tropeços vem ligeiro
Logo sente saudade dos bons tempos de solteira
Frouxa a casca bem ligeiro e pinta a testa do parceiro.

Muito macho depois de velho vira a conquistador
E no cabo do amor sempre tem sua pretensão -
Só pensa em dar dentada na maçã dos outros
E acaba descuidando com a que tem nas mãos.
Então escutem bem o verso que te digo
Cuidado meu amigo com este tal de Ricardão -
E tem cego que entende, mas faz que não compreende
Tem dobradiça nas guampas pra poder passar em portão.

Composição: Jorandir Pereira de Souza





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