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Boca Miúda

Fundo de Quintal

Te chamei pra uma boca miúda
Não é nad'aquilo, não é de fartura
Mas você me trouxe quase toda turma
Agora segura é tudo contigo

Tá faltando carne, acabou a cerveja
Neguinho com fome batendo na mesa
Agita um rateio depressa malandro
Inventa que é pro bolinho surpresa
Tá faltando carne, acabou a cerveja
Neguinho com fome batendo na mesa
Descola uma boa desculpa
Pra turma sentir que é firmeza

Enquanto isso a nega velha faz
Salgadinho, parte um queijnho, um salaminho
Arranca fruta madura do pé
E querendo só amenizar chama o cavaco, tantã e pandeiro
Firma o pagode, e seja o que Deus quiser

Não tem nada não pode chegar, com fome ninguém vai ficar
Não tem nada não pode chegar, vem na palma da mão pro pagode firmar

(versos de improviso)
Vem a prima, cunhada e sobrinha e até a vizinha do último andar
Não tem nada não pode chegar...

Veio gente de Copacabana, Bangú, Realengo, Pavuna, Irajá
Não tem nada não pode chegar...

O negão comeu tanta picanha que até pulou do oitavo andar
Não tem nada não pode chegar...

Composição: Alexandre Rodrigues/Jalcireno Fontoura de Oliveira/Vinicius Correa de Oliveira





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