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Castelo de Cera

Fundo de Quintal

Enquanto a tinta dá falha
O meu bom nome não mancha
Recolho as suas migalhas
Pra fazer delas meu lanche

Mas eu não visto a mortalha
Enquanto não há revanche
Eu não visto a mortalha
Enquanto não há revanche

(Teu castelo é)
Teu castelo é de cera
E derrete na fogueira

Estou lhe avisando quem brinca com fogo se queima
Vou me preparando
Querendo jogar tira-teima
Quem vence é quem reina se o jogo é justo e real
E o bem não duvida de vencer o mal
Vou provar que teu castelo é

Enquanto a tinta não falha
O meu bom nome não mancha
Recolho as suas migalhas
Pra fazer delas meu lanche

Mas eu não visto a mortalha
Enquanto não há revanche
Eu não visto a mortalha
Enquanto não há revanche

(Teu castelo é)
Teu castelo é de cera
E derrete na fogueira

Por ter costas quentes se julga o valente, mais forte
Faz pouco da gente carente em busca da sorte
É, mas o vento que sopra do sul para o norte nas voltas da vida
Traz de volta a praga que levou na ida

Composição: Arlindo Cruz / Zeca Pagodinho





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