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Datilógrafa

Nelson Gonçalves

De manhã no mesmo bonde / Você vem não sei de onde
Para o escritório cruel / Onde a máquina lhe espera
E você se desespera / Para dar vida ao papel

De manhã no mesmo bonde / Você vem não sei de onde
Para o escritório cruel / Onde a máquina lhe espera
E você se desespera / Para dar vida ao papel

Datilógrafa querida / Eu queria ser borracha
Pra seus erros apagar / Datilógrafa querida
Eu queria ser patrão / Pra você não trabalhar

Datilógrafa querida / Você tem na minha vida
Emprego de mais valor / Venha escrever eu lhe peço
Sem erro e sem retrocesso / A história do nosso amor

R

Composição: Adelino Moreira





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