Carlos Magrão
Vanera

Onde andara aquele que me criou
Aquele homem que me amou e que também amei;
Onde andara toda a simplicidade
De quem foi bem de verdade e de saudade eu já chorei.
Meu velho querido hoje eu sou um moço feito
Mas me falta a voz no peito quando falo de você
Por não ter tido tempo de falar, meu pai amigo
E dizer e seu ouvido: - Me orgulho de você.

Quero meu pai para conhecer meu filho
Quero meu pai pra brincar de qualquer coisa
Quero meu pai pra voltar a ser criança
Ensinar-me outra dança e em seu colo poder sonhar.

Guardei você no coração para sempre
E lhe da o melhor presente numa data especial
Cantar a letra que você pediu pra mim
Mas Deus quis que fosse assim, não avisou, não deu sinal.
Nos meus momentos de silencio poso ouvir
Sua voz e me seguir e meu filho a perguntar
O seu pai era igual como você é comigo
Dá presente e é amigo quase nem posso cantar.

Na vida a gente tem aquilo que merece
Mas há coisas que acontecem, é difícil aceitar
A morte é só uma passagem sem respeito
Cedo ou tarde dá um jeito de algum pai pro céu levar.
Paizão amigo hoje eu não tenho medo
Pode ser que seja cedo para poder lhe falar
Mas daqui a pouco a gente até se reencontra
Brinca, ri, passa da conta vai ser bom poder brindar.