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Furacão

Tião Carreiro e Pardinho

Autores: Lourival dos Santos e Tião Carreiro
Ritmo: Pagode de Viola

Já cansei de ser tapete, já cansei de ser capacho,
Cansei de andá apanhando, já cansei de andar por baixo.
Cansei de ser bananeira que morre pra dar o cacho,
Cansei de ser passarinho, vou virar gavião penacho.

Nasci do grito do escravo, no estalo do chicote,
Já cansei de ser madeira, agora virei serrote.
Cansei de ser boi de carro, levar canga no cangote,
Agora já virei cobra e não vou errar um bote.

O osso que eu roía já virou filé minhão,
Já fui tropa de rodeio, agora virei peão,
Fui boiada muito tempo, agora virei ferrão;
Já cansei de ser carneiro, agora virei leão.

Carneiro vive cem anos, todo mundo tendo dó,
Eu prefiro ser leão e viver um ano só.
Quero ser um galo índio que briga e rola no pó,
Galo índio briga e manda pra panela o carijó.

Meu cavalo é um pé de vento, quando corre é um furacão,
Meu arreio cutiano fiz do couro de um dragão,
Meu cabresto e o par de rédeas são três cobras do sertão,
Meu chicote é um cascavel e o veneno está na mão.

Composição: Tião Carreiro / Lourival Dos Santos





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