×

Biografia de 3 Na Massa

Quando ouvi falar pela primeira vez deste projeto “3 NA MASSA” desconfiei, franzi o cenho e achei que seria mais uma destas historias que começam, começam e começam sem nunca chegar de fato a lugar algum. Estava redondamente enganado (para a minha própria felicidade e de todos que por ventura venham a conhecer este ousado álbum).
A idéia é perfeita: Mulheres; - mulheres falando de suas experiências amorosas com homens (ou não...) que marcaram as suas vidas de algum modo, seduzindo, ou sendo seduzidas, pervertendo ou sendo pervertidas por estes (as).
A sensualidade transborda pelas beiradas do disco mundo a fora e enche os ouvidos de belas estórias entremeadas por musicas que podem soar ora picantes, saudosas, alegres, divertidas (quase que circenses) ou como devaneios eróticos em um parque de diversões. As vezes lembra-me algo dos filmes de Fellini, como também podem ser a trilha sonora de uma das imaginativas estórias de Millo Manara ou quem sabe ainda uma nova releitura das coisas produzidas por Serge Gainsbourg nas décadas de sessenta e setenta, entretanto, com originalidade, brasilidade e estilo pra ninguém botar defeito.
Mas o que danado significa “3 NA MASSA”? Ainda não entendi nada! Quem são os três e que raios é massa? Serão donos de padaria, pizzaria? Calma que a explicação vem agora:
Formado pelos “metidos a produtores” Rica Amabis (instituto), Pupillo (nação zumbi) e Sucinto Silva (também da nação zumbi), o trio (daí três) conta com a cozinha (baixo e bateria) da supra citada banda de Recife e as hábeis mãos do garoto prodígio da capital paulista pilotando as gravações e incrementando as musicas com muito molho e recheios de dar água na boca. Por esta razão eles estão com a “mão na massa” como se diz nas ruas .
Convidados e convidadas especiais (indispensáveis por sinal) dão força e forma necessárias e vitais para a realização da empreitada, revezando-se sem tirar de dentro e sem perder o fôlego. Preparem-se para chegar ao clímax de pura alegria e prazer.
*Ambiente nem tanto familiar.
Rolando Fino