×

Biografia de Bando De Tangarás

Conjunto vocal e instrumental organizado no Rio de Janeiro em 1929. Seus integrantes: Almirante (pandeiro e vocal), Braguinha (violão e vocal), Henrique Brito (violão, o melhor), Noel Rosa (violão) e Alvinho (violão e vocal).
Inspirados nos conjuntos regionais de enorme sucesso na época como Os Turunas Pernambucanos e Os Turunas da Mauricéia, em 1928, os alunos do Colégio Batista, na Tijuca, Rio de Janeiro, entre eles Braguinha, Alvinho e Henrique Brito, formaram o conjunto amador intitulado Flor do Tempo, que, apesar de carioca, divulgaria igualmente cocos e emboladas. Mais tarde, o cantor Almirante ingressa no grupo. Faziam pequenas apresentações em espetáculos amadoristas, festivais beneficentes e festas familiares, principalmente na residência do empresário Eduardo Dale, diretor da Casa Pratt (máquinas registradoras importadas), onde surgiu o nome do grupo. A convite do governador do Espírito Santo, o conjunto chegou a apresentar-se em Vitória.
Convidados a gravar um disco na Odeon, no ano seguinte admitem então um outro bom violonista de Vila Isabel, Noel Rosa, o mais jovem, e formam um novo conjunto, o Bando de Tangarás. O nome foi inspirado na lenda dos tangarás, pássaros “cantadores” e “dançarinos” que, sempre em grupo de cinco, quatro formando roda e o quinto no centro (personificado no conjunto por Almirante), saltitando, cantam e dançam alegremente1. Gravam então seu primeiro disco na Parlophon (subsidiária da Odeon) com o samba Mulher exigente, de Almirante:

Braguinha sugeriu certa feita, que cada um dos integrantes adote um pseudônimo com nome de pássaro. Braguinha passa a ser então João de Barro, nome com o qual é conhecido até hoje. Braguinha ficou sozinho pois a mudança de nome não foi adotada pelos outros tangarás.
Em 1930, o grupo admitiu novos instrumentistas, os violonistas Manoel de Lino e Sérgio Brito e os ritmistas Abelardo Braga e Daniel Simões.
Ainda em 1930, cantando quatro músicas, participaram do filme Coisas Nossas, de Wallace Downey.
O grupo se dissolveu em 1933 e seus integrantes prosseguiram carreiras individuais.



Principais sucessos:

A mulher e a carroça, João de Barro, 1930
Anedota, Almirante, 1929
Chora, Lamartine Babo, 1930
Eu vou pra Vila, Noel Rosa
Festa de São João, João de Barro, 1929
Galo Garnizé, Almirante, 1929
Lataria, Almirante e João de Barro, 1930
Mulata fuzarqueira, Noel Rosa, 1931
Na Pavuna, Almirante e Homero Dornelas, 1929
Vamos falar do norte, Almirante
Só pra contrariar, Noel Rosa e Manoel Ferreira, 1932