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Biografia de Celia

A "rainha cubana da salsa", Celia Cruz, morreu em 2003, aos 78 anos de idade, sem ter realizado o sonho de morrer cantando, mas satisfeita por ter feito o mundo dançar durante meio século de carreira artística.

"Continuarei lançando discos até o corpo aguentar", disse a cantora no último mês de outubro, durante uma visita ao México, onde comemorou 50 anos de carreira.

Celia Cruz, nascida em Havana no ano de 1924, iniciou sua carreira na década de 40, ainda adolescente. Vivia desde 1960 nos Estados Unidos, onde era admirada pela comunidade cubana no exílio por manifestar publicamente sua oposição ao regime de Fidel Castro.

Há dois dias morreu um dos mais célebres músicos cubanos de todos os tempos, Compay Segundo. Celia não ficou sabendo da notícia, uma vez que seu representante, Alejando Zuart, disse ao jornal mexicano "Reforma", na última terça-feira, que o marido dela, Pedro Knight, iria poupá-la.

A cantora foi operada para a retirada de um tumor maligno na cabeça em novembro do ano passado, num hospital de Nova York. Na ocasião, ela pediu que respeitassem sua privacidade e disse que não queria falar sobre a doença. Sobre a cirurgia, ela revelou recentemente à imprensa que não sentiu medo e sequer derramou "uma lagrimazinha".

No último mês de março, Celia foi homenageada no teatro Jackie Gleason, em Miami-Beach, onde compareceram vários astros da música latina e americana. "Não sabia que era tão querida", disse a cantora pouco antes do início da cerimônia, transmitida ao vivo pela rede Telemundo. A cantora de origem cubana Gloria Estefan, a mexicana Paulina Rubio, a americana Gloria Gaynor e o porto-riquenho José Feliciano estavam entre os artistas que interpretaram canções que a rainha da salsa tornou mundialmente famosas.

Antes de deixar Cuba, Celia cantou com a orquestra Sonora Matancera. Ao se radicar nos Estados Unidos, gravou com o timbaleiro nova-iorquino de origem porto-uniu-se à banda formada por músicos como Ray Baretto, Mongo Santamaría, Papo Lucca, Pete "El Conde" Rodríguez, Héctor Lavoe, Nicky Marrero, Ismael Miranda e Cheo Feliciano.

Celia Cruz, reconhecida pelo "Azúuuucar!" que gritava riquenha Tito Puente. Em seguida, foi descoberta pela gravadora especializada em salsa Fania. Nas mãos do diretor da orquestra Fania All Stars, Johny Pacheco, em seus shows e intérprete de sucessos como "Que le Den Candela" e "La Negra Tiene Tumbao", gravou mais de 70 discos e foi premiada com vários Grammy.