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Biografia de Charly Garcia

Carlos Alberto García Moreno (Buenos Aires, 23 de outubro de 1951) mais conhecido como Charly García é um músico argentino. Desde 1995, tem uma disputa com sua mãe Carmen Moreno, mudou seu nome de registro de Carlos Alberto García Moreno para Carlos Alberto García Lange (sendo Lange o sobrenome de solteira de sua avó paterna).

Primeiro filho de uma família rica de Buenos Aires. Durante os Anos 1950, sendo presidente da república o general Juan Domingo Perón, houve grandes mudanças sociais e a família García Moreno teve que adaptar-se: o pai de Carlos começou a trabalhar como professor, ensinando física e matemática e Carmen Moreno, sua mãe, foi trabalhar como produtora de shows musicais para rádio, especialmente de música folclórica.

Em uma ocasião seus pais tiraram férias na Europa muito provavelmente devido a posição política familiar, já que o pai negou-se a colocar a faixa de luto na sua fábrica, em sinal de respeito a morte de Eva Perón e deixaram o pequeno Carlos (de três anos de idade) sozinho, não se sabe precisamente aos cuidados de quem (segundo uma versão, com as empregadas da casa, segundo outra, com uma tia extremamente repressora). Durante eses dias Carlos teve um ataque nervoso e amanheceu com metade de seu rosto empalidecida. Ele contraiu um problema de pigmentação, chamado vitiligo. O efeito desse problema pode-se notar ainda hoje em Charly García: um peculiar bigode bicolor.

No regresso de sua viagem, sua mãe o presenteou com um piano de brinquedo. Imediatamente Carlos começou a mostrar seu talento musical. Sua mãe o encontrou compondo melodias coerentes e belas, e foi então que o levou a casa de um vizinho que tinha um piano. O a princípio estranhou, mas descobrindo que o instrumento grande funcionava igual ao seu brinquedo, começou a tocar e improvisar. Apartir desse dia vários de seus vizinhos começaram a reunir-se naquela casa para escutar o garoto tocar, chamavam-no de o Mozart portenho. Ao ver seu talento, no ano seguinte (com 3 anos) sua mãe o matriculou em uma escola de música de seu bairro, o conservatório Thibaud Piazzini, de onde com doze anos ingressou com o título de professor de música.

Quando tinha 8 anos, um famoso músico folclórico chamado Eduardo Falú estava preparando um show íntimo em uma festa familiar. Charly disse a sua mãe: "Parece-me que o maestro está com essa corda desafinada". Após alguns testes caseiros, a conclusão foi clara: o garoto tinha ouvido absoluto.

Charly García é um dos mais famosos e importantes tecladistas, guitarristas, cantores, compositores e produtores latinoamericanos de rock, e foi líder de bandas como Sui Generis (1972-1975), PorSuiGieco (1976), La Máquina de Hacer Pájaros (1977-1978), e logo chegando ao topo de seu talento com Serú Girán (1978-1982), uma superbanda (Os Beatles argentinos, para muitos) que reunia os melhores músicos da Argentina: o guitarrista/multi-instrumentista/cantor David Lebón, um jovem baixista/tecladista/cantor (Pedro Aznar) que nessa época tinha 19 anos e Oscar Moro, um renomado baterista que participou dos Los Gatos (a primeira banda de rock argentino, movimento de rock em espanhol próprio de Buenos Aires) deixando um legado de discos e canções que ficarão para sempre na historia da música argentina.

Charly García, freqüentou ao Instituto Social Militar Dr. Dámaso Centeno, um colégio do bairro Caballito. Desde os primeiros anos costumava cabular aulas, para ir à sala de música para tocar o piano.

Desde 1982 aos dias de hoje tem sua carreira solo, inigualável tanto en qualidade como em quantidade de produções. Além de suas produções, tanto a produção dos espetáculos como a composição e gravação dos discos o tem como figura principal, Charly contou em suas bandas de solo a músicos argentinos de primeiro nível como Cachorro López (de 1982 até 1984), Fabiana Cantilo (1982-1986), Fito Páez (1983-84), os G.I.T. - Pablo Guyot, Willy Iturri e Alfredo Toth - (1984-87), Richard Coleman (1986), Fernando Samalea (1987-1995), Carlos García López (1987-1993), Hilda Lizarazu (1987-1993), Fabián Vön Quintiero (1987-1995), Mario Serra (1996-2002), María Gabriela Epumer (1994-2003). Atualmente costuma apresentar-se com uma sólida banda formada por três músicos chilenos, Kiushe Hayashida na guitarra e coros, Tonio Silva Peña na batería e Carlos González no baixo, ele mesmo nos teclados, guitarra e voz, e um trio de cordas formado por Alejandro Terán (viola), Javier Weintraub (violín) e Julián Gándara (cello). Nos anos 90 começou com seu Slogan "Say No More", pelo qual agora é nomeado Mister SNM.

Em 2004 Charly García faz uma turnê por toda a Argentina, cujo show de mais de três horas inclui músicas de todas as épocas, sendo assistido por um público dos mais heterogêneos quanto as idades. Sua turnê pelo sul argentino deixa marcas históricas, como em Ushuaia (Terra do Fogo), a cidade mais austral do mundo, quando com uma temperatura de -2 °C um em cada quatro habitantes assistiu a seu show.

Em 2006 apresenta "Kill Gil", sua última produção discográfica (ainda sem editar).

Desde o princípio, Charly García sempre foi uma figura polêmica tanto a nível nacional como internacional. Suas repentinas mudanças de humor durante seus shows - o pior que pode acontecer são os problemas de som - seus problemas com a droga e suas polêmicas frases sobre ele mesmo e sobre outras personalidades conhecidas, fazem de García uma figura sempre visível e muitas vezes muito bem quista. Muitas vezes sua visão crítica da realidade e sua independência de opinião não é muito bem recebida por todos os setores da sociedade argentina.

Foram vários os incidentes protagonizados por García. Entre eles, três internações em clinícas psiquiátricas, foi dispensado do exército quando cumpria o serviço militar obrigatório, pois não suportava o confinamento e a disciplina imposta pelos militares. Chegou a tal ponto seu desespero para sair, que em uma ocasião levou para passear em uma cadeira de rodas um cadáver, o que motivou uma investigação psiquiátrica que determinou que Charly era psicótico e paranóico com personalidade esquizóide.

Outra história conhecida conta que durante uma apresentação o público lhe gritava "puto" ao que ele respondeu baixando sua calça para demonstrar que supostamente não o era.

Também provou a vertigem de saltar da janela do nono andar de um hotel de Mendoza para uma piscina, e quando a imprensa perguntou sobre tal ato disse: " Só a vi, e me atrevi! É necessário ir além, além do que eu não vou morrer nunca e meu capricho é lei". Mais tarde diria que só se atreveu a saltar depois de muito cálculo e porque estava trancado no quarto, já que a polícia aguardava-o fora para o interrogar devido a incidentes sucedidos na noite anterior em um pub daquela cidade.