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Biografia de Cidália Moreira

Cidália Moreira nasceu em 1944 em Olhão ou Olhão da Restauração (derivado da palavra árabe, "AL-HAIN", que significa fonte), uma cidade portuguesa no Distrito de Faro, região e subregião do Algarve, com cerca de 31.100 habitantes.

Cidália é uma atriz e fadista portuguesa, também conhecida como a "fadista cigana". O fado é um estilo musical português, geralmente cantado por uma só pessoa (fadista) e acompanhado por guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e guitarra portuguesa.

Cidália desde cedo assumiu a sua paixão pelo canto e pela dança e apresentava-se nas festas da sua escola, onde se sobressaía.

Com 7 anos de idade tornou-se vocalista de um conjunto de animação de bailes, no qual se manteve até ao 14 anos.

A sua família, ligada intimamente ao flamenco (estilo musical e um tipo de dança fortemente influenciado pela cultura cigana, mas que tem raízes mais profundas na cultura musical mourisca, influência de árabes e judeus), nunca lhe negou o fado, e era nas patuscadas a que o pai, primo direito de Casimiro Ramos, a levava, onde cantava para um público maior.

Já em 1973, ano de alguma agitação, Cidália parte para Lisboa e é no restaurante Viela, à Rua das Taipas, que estreia profissionalmente.

Integrou o elenco da casa dessa época, que contava com Beatriz Ferreira, Beatriz da Conceição e Berta Cardoso. Cidália se diferenciava pela garra e envolvência a cantar, e também pela dramatização.

Morena, cabelos muito compridos, não tardou a que a apelidassem de "A Cigana do Fado".

Na mesma década, 1979 Cidália parte numa digressão (turnê) na Alemanha, onde, num castelo romântico nos arredores de Hamburgo, obteve vasto êxito.

Já nesse tempo inicia uma produção discográfica intensa, gravando vários discos EP e LP.

Empreende-se então, a convite de várias intituições estrangeiras, em digressões que a levaram à França, Espanha, África do Sul, EUA e Canadá. Teve também êxito no Brasil, onde permaneceu quatro anos.

É posteriormente convidada para representar no teatro de revista, destacando-se em revistas como Cá Vamos Cantando e Rindo, Ora Bolas P´ró Pagode e Força, Força Camarada Zé.

No teatro ABC canta, numa dessas revistas, um dos seus maiores êxitos Lisboa meu amor, que nunca chegou a ser gravado em disco.

"Fado errado" também foi um dos seus grandes êxitos. Odisseia no Parque 2005 foi a sua última revista no Teatro Maria Vitória.