Em 1976, um grupo de jovens empregados de uma grande empresa, recém transferidos do Rio de Janeiro, que adquiriram alguns instrumentos de percussão, formaram um grupo para animar confraternizações e torneios esportivos entre colegas de trabalho, liderados por Nivaldo e Salomão.
O nome Consulado do Samba foi atribuído ao grupo, numa alusão às muitas residências de funcionários que eram denominadas “Consulados do Rio”. A residência de Nivaldo e Waltamir, onde eram guardados os instrumentos e feitos os ensaios do grupo, foi batizada como Consulado do Samba.
Em data próxima ao carnaval de 1977, funcionários da empresa, especificamente Martinha e Cacau (João Carlos Bressane) sugeriram que fosse formado um bloco carnavalesco para desfilar e também participar de concorrido concurso de “blocos de sujos” que se realizava na Avenida Paulo Fontes - perto do Mercado Público.
Então, foram realizadas novas rifas para arrecadar dinheiro para comprar mais instrumentos e foi definida a fantasia: mortalha para todos. Como padrão, foi definido o vermelho e branco, inspirado nas cores da GRES Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro.
Salomão virou mestre-de-bateria, e Nivaldo o presidente. Pela novidade, o desfile do bloco foi um acontecimento no carnaval da cidade. Muito elogiado pela qualidade da bateria e pelo “luxo” das fantasias. E o bloco ficou em 1º lugar no ano de 1977.
Daí em diante foram sucessivos primeiros lugares. O Consulado também inovou, ainda como bloco, sendo o primeiro a desfilar com intérprete acompanhado de cavaco (Nivaldo). A cada ano que passava, com mais componentes o bloco desfilava. Em seus 10 anos de existência, foram conquistados 10 campeonatos e o título de hors concurs do Carnaval.
Em 5 de maio de 1986 foi fundado o Grêmio Recreativo Escola de Samba Consulado. No ano de 1991, cinco anos após a fundação, veio o primeiro título com o enredo “Apesar de Tudo”. O bicampeonato foi conquistado no ano seguinte com o enredo “Vôo Noturno” e o tricampeonato em 1993 com o enredo “Um Sopro Sul”.
Nos anos seguintes a Escola passou por algumas dificuldades como interdição da sua quadra e inviabilização do desfile. Mesmo enfrentando tantos problemas, a escola permaneceu entre as três primeiras colocações ao longo dos anos que sucederam o tricampeonato.
Houve então a necessidade de renovar, com o objetivo colocar a escola novamente no primeiro lugar. Vários segmentos da escola receberam reforços e muita gente nova recebeu a chance de entrar pra Família Consulado. A bateria foi uma das grandes surpresas do carnaval 2003 e recebeu quatro notas 10 dos jurados e o título de melhor bateria da cidade. Fato que se repetiu nos três carnavais seguintes.
Finalmente no ano de 2005, com o enredo “Da Terra Sem Mal ao Império do Sol o El'Dorado de Aleixo Garcia” a escola conquistou mais um título reacendendo o orgulho de ser consulense. Ainda em 2005, a quadra foi reformada tornando ainda mais agradável participar dos eventos e ensaios promovidos pelo Consulado. A escola também inovou trazendo para animar seu pré-carnaval de 2006 os grandes intérpretes do carnaval carioca, eventos que foram um grande sucesso e entraram pro calendário de eventos vermelho e branco.
No ano de 2006, com o enredo “Praça XV Onde Tudo Acontece” foi conquistado o 5º título da escola, fruto de muito trabalho e dedicação da diretoria e membros da escola. A largada para o carnaval 2007 já foi dada rumo ao tricampeonato. O enredo será “Vinte Luas de Esperança, Vinte Luas de Saudades... Das Matas da Babitonga ao Velho Mundo!”.
Com a missão de conquistar o tricampeonato, o Consulado desfilou com o enredo “Vinte Luas de Esperança, Vinte Luas de Saudades, das Matas da Babitonga ao Velho Mundo” e atingiu o objetivo. O sexto título da Escola veio num desfile emocionante.
Nessa linda trajetória de 16 desfiles, o GRES Consulado conquistou 6 títulos. Se considerarmos os 31 anos de existência do Consulado, são16 títulos: dez enquanto bloco e seis como escola de samba. E o GRES Consulado continua firme no propósito de conquistar mais títulos do Carnaval de Florianópolis.