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Biografia de Fábio

Juan Senon Rolón (Orqueta, Paraguai, 9 de fevereiro de 1946) mais conhecido simplesmente como Fábio, é um cantor paraguaio naturalizado brasileiro e radicado no Brasil.

Estourou nas paradas de sucesso com Stella, gravada em 1969. Com Tim Maia chegou a compor alguns sucessos, e ao longo da carreira gravou 23 discos, conquistando importantes prêmios.

Também é conhecido por gravar vinhetas para a Rádio Globo do Rio de Janeiro, em que diz, com eco, o nome da emissora, precedido de um assovio; e dos times cariocas de futebol. Todas essas vinhetas até hoje estão no ar.

Atualmente reside na cidade do Rio de Janeiro.

Na década de 1960, aos 16 anos de idade, convenceu a mãe a deixa-lo estudar em São Paulo, onde foi levado para fazer um teste para participar do programa "Alegria dos bairros", na Rádio Record, pelo cantor paraguaio Frankito. Aprovado no teste, passou a trabalhar no programa. Ainda atuando como "Juancito", em seguida passou a cantar na noite paulistana. Atuando na boate Cave, conheceu Tim Maia, de quem se tornou grande amigo, e que o apresentou à soul music.

Fábio Stella - cantor e compositor que agregou ao nome artístico o título de seu único grande sucesso - continua evocando a figura de seu amigo Tim Maia (1942 - 1998).

Após editar o livro Até Parece que Foi Sonho, em que narra suas aventuras com o Síndico, o bom cantor lança o CD Meu Jovem Amigo.

A faixa-título é um recado a Tim. Entre inusitado bolero, Inolvidable, o repertório inclui regravações de Risos (parceria de Fábio com Paulo Imperial, gravada por Tim Maia nos anos 70) e Preciso Urgentemente Falar com Cassiano, tema cujo título é um recado para o outro grande gênio temperamental da soul music nacional.

Nos anos 90 saiu uma coletânea pela PolyGram (hoje Universal) intitulada Velhos camaradas, com os grandes sucessos de Tim Maia, Cassiano e Hyldon, tidos como o tripé da música negra nacional.

Fábio, cantor que esteve junto dos três em vários momentos - e também gravou algumas coisas na PolyGram, nos anos 70 - não teve nenhuma música incluída no disco. Há motivos para isso: o sucesso não bateu muitas vezes na porta do cantor, que após se dar bem com a breguinha "Stella", no começo dos anos 70, passou um bom tempo desaparecido.

Lá por 1978, empresariado por Carlos Imperial, ele chegou a retornar como "o rei das discotecas" e até gravou, ironicamente, o hit que daria o nome para a tal coletânea da PolyGram, "Velho camarada", com participação justamente de Hyldon e Tim (na mesma época, o cantor de "Primavera" ainda daria uma força em outro hit de Fábio, "Até parece que foi sonho"). Mas de modo geral, não teve o mesmo alcance.

Durante sua carreira, Tim Maia teve uma relação bem próxima com Fábio - que diversas vezes entou em ação para resolver problemas, fazer vontades ou participar de shows de Tim (no curta-metragem Tim Maia, feito em 1984 por Flávio R. Tambellini, é possível ver Fábio carregando a maletinha com o uísque de Tim, num show no Cassino Bangu).

Agora, no curtinho livro Até parece que foi sonho - Meus trinta anos de amizade e trabalho com Tim Maia (Matrix Editora, preço médio de R$ 23,00), Fábio, com a ajuda do escritor baiano Achel Tinoco, conta histórias do cantor e fala sobre sua relação com ele. É um livro de memórias - ou seja: não há uma grande pesquisa jornalística e boa parte dos fatos podem ter sido distorcidos e perdidos com o tempo. Alguns momentos podem dar um nó na cabeça do leitor - graças a falta de datas importantes e à pouca precisão no acompanhamento do pula-pula de Tim entre gravadoras.

Mas a idéia, ao que parece, é narrar apenas a "experiência" de Fábio com o Tim Maia, e isso o cantor de "Stella" tem de sobra para mostrar. Para quem quiser mais apuração, a biografia de Tim feita por Nelson Motta, que está vindo por aí, já promete mostrar sua vida, detalhadamente.