Fábio Brasiliano é membro da igreja Adventista do Sétimo Dia. Sua mãe sempre esteve envolvida com o departamento de música, e levava Fábio aos ensaios e mais ensaios de grupos musicais. Foi aí que ele começou a se interessar pela música cristã. Cantou seu primeiro solo aos oito anos, morrendo de vergonha e tentando "engrossar" a voz, cantando num timbre mais grave do que o que possuía na época. Isso foi em 1991. Quando completou catorze anos, passou a se envolver mais diretamente com a música, começando a cantar em grupos musicais mistos e masculinos, em Santo André, cidade onde viveu até 2007.
Em 1999, participou de um teste no então já consagrado grupo paulista Som & Louvor. Ingressou no grupo com dezesseis anos. Passei boa parte da sua adolescência cantando com o grupo pelo Brasil, consolidando de uma vez por todas sua paixão pela música cristã. De lá pra cá, se tornei um aficcionado por todas as vertentes da música cristã, de uma maneira geral. O sonho de gravar um álbum solo existe desde os seus quinze anos, mas houve uma sucessão de fatos em sua vida que culminaram na oportunidade de desenvolver um ministério como intérprete-solista.
Depois de nove anos e alguns meses no grupo, ele e sua esposa decidiram deixar o grupo para buscar outras formas de atuação na igreja, não apenas cantando, mas também participando mais de perto da congregação, ajudando em alguns departamentos e auxiliando a igreja local em seus projetos. Sentiam falta deste tipo de trabalho diretamente na igreja, já que a agenda corrida do grupo exigia uma atenção especial a este ministério.
A participação no grupo fez parte do seu desenvolvimento como pessoa e como cristão. Foi no grupo, por exemplo, que conheceu sua esposa (que fez parte do grupo por quase quinze anos). Contudo, sair do grupo foi necessário para que Fábio e sua esposa desenvolverem e divulgarem o álbum "De Volta à Vida".
Um grande desafio. Quando começou a escolher o repertório do álbum, por volta de 2004, Fábio vivia um outro momento musical e espiritual. Parte das idéias originais acerca do projeto foram mantidas, mas a grande maioria foi alterada, em função de experiências pessoais e musicais que lhe deram uma outra concepção do que é um ministério musical. Fábio disse que se pudesse resumir numa palavra todo o processo produtivo do álbum, ele diria "aprendizado". Musicalmente falando, espiritualmente falando... Foi uma experiência de amadurecimento e de revisão de conceitos pessoais.
Não há palavra melhor para descrever o álbum de estréia do cantor e compositor paulistano Fábio Brasiliano. O repertório, escolhido à exaustão, une temas atuais a melodias e linguagens musicais acessíveis aos ouvidos de qualquer pessoa, cristã ou não. Até mesmo as releituras de canções já consagradas (“Fim de Tarde”, “Jesus é Melhor” e “Vamos Subir”) foram preparadas de forma a transmitir aos ouvintes uma sensação de recomeço, de novidade.
Para dar ao álbum uma sonoridade livre de qualquer preconceito artístico (quesito essencial para a concepção musical do álbum), a produção musical das nove canções do álbum foi assinada por Ruben Morais, produtor musical paulistano reconhecido por seus diversos trabalhos junto a nomes como Bruno Bhering, David Fantazzini, Esdras Gallo, Link 4, Raiz Coral, Renascer Praise, Rodrigo Wegner e Sérgio SAAS.
O cantor e compositor Stênio Marcius, considerado por muitos um dos melhores compositores da música cristã no Brasil, autor de clássicos como “Poemas e Canções” (tema do primeiro álbum do intérprete Leonardo Gonçalves), “Tapeceiro” e “Vou Pescar” (ambas gravadas por um dos expoentes da música cristã brasileira, João Alexandre), descreve, na belíssima canção de abertura do CD, “Fim de Tarde”, a parábola do filho pródigo sob a ótica do pai que, esperançoso, sonha em ter seu filho de volta.
A canção tema do álbum, “De Volta à Vida”, foi composta pelo próprio Fábio, e trata de uma profunda reavaliação de seus valores como cristão, sendo esta a canção mais pessoal e reveladora de todo o álbum.
