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Biografia de Império Serrano (RJ)

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano é uma das mais tradicionais escolas de samba da cidade do Rio de Janeiro , que foi campeã do Grupo Especial por nove vezes. Um dos principais orgulhos de seus integrantes é a gestão democrática e aberta da escola, implantada desde a sua fundação. Sua história se confunde com a própria história da Serrinha, embora sua sede fique na Avenida Ministro Edgar Romero, ao lado da Estação Mercadão de Madureira, mas no mesmo bairro, Madureira.

O Império Serrano nasceu em 23 de março de 1947 a partir de uma dissidência da antiga escola de samba Prazer da Serrinha. Sua Ala de Compositores é uma das mais respeitadas, tendo em sua história nomes como Silas de Oliveira, Mano Décio, Aniceto do Império, Molequinho, Dona Yvone Lara (primeira mulher a fazer parte de uma ala de compositores de escola de samba), Beto sem Braço, Aluizio Machado, Arlindo Cruz, só para citar alguns dentre tantos.

Sua história é coroada por belíssimos sambas, verdadeiros clássicos do samba enredo como Aquarela Brasileira (1964) e (2004), Exaltação a Tiradentes (1949), Os Cinco Bailes da História do Rio (1965), Heróis da Liberdade (1969), Bumbum paticumbum Prugurundum (1982), entre outros.

Em 1982, a cantora Clara Nunes gravou o Serrinha (samba em homenagem à escola), escrito por Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro.

Também na década de 80, a escola teve grandes momentos com enredos criados por Fernando Pamplona, desenvolvidos por outros carnavalescos, como Mãe Baiana Mãe (1983), Eu Quero (1986) e Para com isso, dá cá o meu (1988).

Na década de 90, a escola enfrentou sérios problemas de política interna que redundaram em três rebaixamentos (1991, 1997, 1999).

A escola voltou à elite do carnaval em 2001, mas ainda permaneceu lutando com dificuldade para permancer no Grupo Especial. Nesse ano, trouxe um samba de Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena e Elmo Caetano, que foi considerado pela crítica como o mais bonito do ano, e que contava a história da Resistência, como era chamado o Sindicato dos Estivadores do Rio de Janeiro, ao qual vários dos primeiros integrantes da escola foram ligados. Porém um defeito no principal carro alegórico, formado por um contêiner que se abriria durante o desfile, inviabilizou a surpresa que a escola havia preparado, o que certamente deve ter lhe tirado pontos preciosos.

Em 2004, o Império reeditou "Aquarela Brasileira", considerado um dos sambas-enredo mais bonitos da história, e mesmo com problemas financeiros e disputas internas, levantou o público no Sambódromo, mas acabando longe do título na classificação final. Em 2007, a escola caiu novamente para o grupo de acesso A, sagrando-se a campeã deste grupo em 2008 com o enredo Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim. A escola regressará ao Grupo especial.

Para o carnaval de 2009, após o retorno ao Grupo especial e a reeleição de Humberto Soares Carneiro para a presidência da escola,Márcia Lávia estreará carreira-solo como carnavalesca. Após anos trabalhando junto a Renato Lage, ela reeditará o enredo de 1976, Lenda das sereias rainha do mar (já reeditado pela Inocentes de Belford Roxo em 2006), além de trazer de volta o intérprete Nêgo, porém a escola terminou na 12º colocação voltando para o Grupo de Acesso, em 2010.