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Biografia de JB Samba

O Grupo JB Samba foi formado em 1970, no bairro do Butantã em São Paulo. Começaram tocando nas madrugadas de Escolas de Samba, tais como: Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Rosas de Ouro, Camisa Verde e Branco, Unidos do Peruche, Nenê de Vila Matilde, entre outras. Criaram uma casa de samba, em 1980, o JB Sam'bar, que se constituiu como um espaço de divulgação e resistência do samba (paulista e carioca) na época. Impulsionaram novos grupos do samba paulistano. Foram apadrinhados por Dona Ivone Lara e pelo radialista Moisés da Rocha. Gravaram cinco LP/CD por gravadoras comerciais e três por iniciativa própria, além de integrarem vários CD/DVD de coletâneas. Promoveram e participaram de muitos shows e festivais, em diferentes espaços e cidades, e de muitos programas de rádio e TV. Continuam trabalhando na criação e divulgação do samba de São Paulo.

Todos os finais de semana, amigos de infância reuniam-se, religiosamente, para jogar bola e fazer pagode no bairro do Butantã. O time de futebol, batizado de Juventude Butantã, JB, percebeu a boa aceitação dos pagodes e decidiu criar um grupo musical para tocar em bares e eventos da cidade de São Paulo, mesmo sabendo que iriam ter que enfrentar a resistência social que recaía sobre o samba naquele momento histórico. Foram incríveis dias de luta, varando madrugadas tocando em bares, praças e quadras de escolas de samba. Em 1980, os integrantes do JB Samba inauguraram a casa noturna, o JB Sam'bar, nas proximidades da Universidade de São Paulo (USP), local que tornou-se parada obrigatória para jovens estudantes e sambistas, para ouvir o JB Samba tocar e para saborear a deliciosa feijoada regada ao melhor pagode de mesa de São Paulo.

A fama do espaço cruzou fronteiras, derrubou barreiras e preconceitos contra o samba paulistano, trazendo para São Paulo personalidades do samba carioca como: Leci Brandão, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Jovelina Pérola Negra, Nelson Cavaquinho, Velha Guarda da Portela, Gilberto Gil, Clementina de Jesus, Fundo de Quintal, Martinho da Vila, entre outros. Foi também um espaço de visibilidade do samba paulista, trazendo grandes sambistas como: Ideval do Camisa, Mário Luiz, Zelão, Jair Rodrigues, Osvaldinho da Cuíca, Aldo Bueno, Thobias da Vai-Vai, Geraldo Filme, Nelson Primo, Biro do Cavaco, Royce do Cavaco, Eliana de Lima, dentre outros. Quando os sambistas visitavam o JB Sam’bar, ficavam entusiasmados ao sentir toda a musicalidade da gente paulistana que ali se reunia para tocar e cantar até o romper da madrugada. Surgia um novo momento na história do samba paulista, que ficou documentada nas paredes da casa noturna, através das dedicatórias escritas em forma de poemas, prazerosamente assinados pelos seus autores. Tal reconhecimento fez com que o Grupo JB Samba fosse considerado como o segundo grupo especializado em samba de São Paulo. Com isso, fizeram escola para muitos grupos novos que, na casa, aprendiam a tocar instrumentos, ensaiavam e faziam shows para os freqüentadores.

Em 1988, o JB Samba lançou pela Gravadora Continental seu primeiro LP/CD, “A Rede”.

Na mesma década, o grupo é homenageado pela cantora Leci Brandão e pelo cantor Reinaldo, no samba “Me Perdoa Poeta”. A letra da música contesta uma frase dita certa vez pelo poeta Vinícius de Moraes, afirmando que “São Paulo é o túmulo do samba”. Na letra do samba, os compositores mostram que, na cidade de São Paulo, o samba é vivo e falam de todos os responsáveis pela manutenção do gênero, inclusive o Grupo JB Samba.

Em 1991, o JB Samba lança o segundo LP/CD “Loucamente Apaixonado”, pela Bullet, e, em 1993, o terceiro LP/CD, “Flutuando em Melodias”, pela Zinbabwe. Ao completar 26 anos de sua existência, o Grupo JB comemorou sua maturidade lançando, pela Paradoxx Music, com produção de Osmil Camargo e Eugênio Alves, o quarto CD, “Jeito Bom de Amar”, tocando Samba, Rock-Samba, MPB (Gonzaguinha e Djavan) e até Reggae. Tudo produzido com muito balanço, sem perder seu próprio referencial de trabalhar em beneficio da sobrevivência da verdadeira raiz do samba. No ano de 2001, o Grupo JB lançou seu mais recente trabalho distribuido comercialmente, intitulado “Os grandes Sucessos do Grupo JB”, pela gravadora Rhythm and Blues, uma coletânea dos seus maiores sucessos como, A Rede, O Ar que Respiro, Simone, Carrossel “fevereiro”, Beijo na Boca, dentre outros, incluindo uma música inédita, Escrito no Ar, composta e produzida pôr um dos grandes nomes do samba paulistano, Benê Alves.

O Grupo JB foi também convidado a participar de varias coletâneas (ver Discografia) e é requisitado para diversos eventos em emissoras de Rádio e Televisão, tais como:

Emissoras de Rádio: Gazeta Fm, Band Fm e Am, Sucesso Fm, Transcontinental Fm, 105 Fm, Tropical Fm, Tupi AM e FM, Jovem Pan AM, Globo AM Rio de janeiro, América Sat, Capital Am, e Rádios Comunitárias em geral;

Emissoras de Televisão: SBT, Record, Gazeta, Bandeirantes, Cultura e canais Comunitários em geral.

Já fez também inúmeros eventos em Casas de Shows: Olímpia, Consulado da Cerveja, Terra Brasil, Carioca Club, Avenida Clube, nas Unidades Sesc: Pompéia, Interlagos e Sorocaba; nas Prefeituras de Osasco, Barueri, Praia Grande, Mairiporã, Guarulhos, Itapevi e São Paulo e em diversas Praças Públicas, tais como: Vale do Anhangabaú, Praça da República, Elis Regina, Praça de Sé, Teatros: Zácaro, Sérgio Cardoso entre,Centro Cultural São Paulo.

O JB Samba continua na ativa e projeta seu futuro no Grupo JB Júnior, cujos integrantes são filhos e sobrinhos dos sambistas do JB Samba.