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Biografia de L7

O L7 é uma das poucas bandas formadas somente por mulheres que conseguiram o respeito no meio do Rock. É o tipo de banda que tem um enorme carisma e não possui uma líder ou “frontwoman”. Por ser feminista atuante, a banda já participou de vários projetos nessa área. Sob a influência de bandas como Black Sabbath, Joan Jett, Slayer e Motörhead, o L7 mostra a que veio com guitarras distorcidas e letras contestadoras.

A banda se formou em 85, quando Donita Sparks, guitarrista de Chicago, conhece Suzi Gardner, também guitarrista, em Los Angeles (CA). As duas já haviam tocado antes em várias bandas locais, fazendo shows em bares pequenos, e decidem tocar juntas. A baixista Jennifer Finch muda-se de volta para Los Angeles e se junta as duas em 86, que, para completarem a formação, escalam o baterista Roy Koutsky.

O nome escolhido, L7, vem de uma gíria local que significa "careta", "quadrado", já que o L e o 7 juntos formam um quadrado (L7). O primeiro álbum, auto-intitulado "L7", é lançado em 88 e conta com a produção de Brett Guretwitz da banda Bad Religion e então dono do selo Epitaph Records (Offspring, Agnostic Front), que também já produziu bandas como Rancid, Pennywise e o álbum tributo a Alice Cooper.

No mesmo ano, Demetra (Dee) Plakas entra na batera da banda no lugar que era de Roy e o L7 se torna uma banda totalmente formada por mulheres. A partir daí e durante os dois anos seguintes, elas se dedicam a fazer pequenos shows em bares de Hollywood, significando mais um passo para a banda.

Gravam, ainda em 88, participação com a música "Shove" na compilação "Grunge Years: Sub Pop Compilation", que também contou com a participação de Nirvana, Mudhoney e Babes in Toyland.

Em 91 é lançado o segundo álbum, "Smell the Magic", pela gravadora Sub Pop Records (Nirvana e Soundgarden), e a banda inicia a tour com o Nirvana, que chama a atenção da gravadora Slash Records (Faith no More), com a qual assina contrato para o próximo trabalho.

Com a nova gravadora, lançam em 92 o terceiro álbum, "Bricks are Heavy", contando com a co-produção de Butch Vig, que já trabalhou com o próprio Nirvana e com o Sonic Youth. Esse álbum abriu inúmeras portas para a banda e trouxe o respeito por parte dos fãs de vários países. Ainda em 92, o L7 é convidado para abrir os shows da tour européia do Faith no More.

A banda também participa com a música "Let's Lynch the Landlord" no álbum "Virus 100: Dead Kennedy Covers", que inclui, entre outras, bandas como o próprio Faith no More, Napalm Death e o brasileiro Sepultura. Fazem também uma aparição em "Flashback" de Joan Jett, que passa de influência e ídolo a amiga e apoiadora da banda.

Em 94 o L7 participa do famoso festival Lollapalooza, pouco antes de lançar seu próximo álbum. A faixa "Shitlist" entra na trilha sonora do filme “Natural Born Killers” (Assassinos por Natureza) e "Hangin' On The Telephone" entra na trilha de “The Jerky Boys”.

O quarto álbum da banda, "Hungry for Stick", é lançado em 94 e co-produzido por Garth Richardson, que já trabalhou com WASP, Alice Cooper e Mötley Crue. Esse disco traz uma homenagem da banda para Shirley Muldowney, que criou muita polêmica nas corridas de carro por ser uma piloto mulher. Ainda em 94, o L7 participa da trilha sonora do filme de John Water, "Serial Mom", com a música "Gas Chamber".

Em 95, as integrantes do L7 criam e organizam a fundação Rock for Choice, para defesa das liberdades civis e dos direitos da mulher, como a legalização do aborto. O festival Rock for Choice contou com shows beneficentes de bandas de peso e amigos pessoais do L7 como Nirvana, Joan Jett, Pearl Jam, Hole e Red Hot Chili Peppers. A banda também organizou o álbum "Spirit of'73: Rock for Choice", que foi um trabalho gravado ao vivo onde bandas femininas dos anos 90 fizeram covers de bandas femininas dos 70. O L7 aparece nesse trabalho com Joan Jett na música "Cherry Bomb". Hoje, a banda se concentra em outros projetos e não toma mais conta da fundação.

No mesmo ano, a faixa “Shove” aparece na trilha do filme Tank Girl, da qual participam também Hole, Joan Jett e Bjork, entre outros. No ano seguinte, Jannifer Finch deixa a banda e em 97 o L7 lança o quinto álbum. "The Beauty Process: Triple Platinum", pela gravadora Warner Brothers, contou com Joe Barresi (também trabalhou com Sick of it All) como produtor. Algumas faixas foram gravadas por uma baixista convidada, Greta Brinkman. Ainda no mesmo ano, gravam participação em outra trilha sonora. Agora para o filme "I Know What You did Last Summer", com a faixa "This Ain't The Summer Of Love".

Em 98 a baixista Gail Greenwood, que havia saído da banda Belly formada em 92 em Boston, entra para a banda na vaga deixada por Jennifer e o L7 lança um álbum, no mínimo curioso, chamado "Live: Omaha to Osaka", que trazia 16 músicas tocadas ao vivo de shows em pequenos clubes de uma mini tour que fizeram desde Omaha até Osaka (Japão). O detalhe é que esse trabalho conta com a participação de uma banda marcial (tradicional no Japão) de garotas, interpretando músicas do L7.

Já em 99 o L7 realiza outro projeto, a gravadora Wax Tadpole Records. Sendo um plano antigo da banda, elas explicam que assim teriam mais controle sobre seu processo criativo e os resultados. Parceira do selo Bong Load, a banda estréia lançando o sétimo álbum, "Slap-Happy", pelo selo Bong Load e um documentário chamado "The Beauty Process" dirigido pelo baixista do extinto Nirvana, Chris Novoselic. No mesmo ano a Revista Rolling Stones elege “Bricks Are Heavy” como um dos 100 álbuns indispensáveis dos anos 90. A baixista Gail Greenwood sai e é substituída por Janis Tanaka, que já havia tocado nas bandas Stone Fox e no Auntie Christ.