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Biografia de Lacrimosa

O Lacrimosa começou como um projeto solo do músico Tilo Wolff em 1990. Sua música melancólica logo conquistou espaço na cena independente com o primeiro ‘single’, “Clamor”, que rodou os clubes na Alemanha. O diferencial do Lacrimosa era a junção de elementos clássicos com a poesia das letras cantadas de forma intensa, que o destacou na cena gótica.

O nome da banda foi inspirado em uma música de Mozart, um dos compositores favoritos de Tilo. Para poder trabalhar com total liberdade artística, Tilo criou um selo próprio, o Hall of Sermon, por onde saiu o primeiro disco, “Angst”, em 1991. Com isso, o público de música gótica percebeu que nascia ali um novo nome de qualidade do estilo.

Sempre rodeado de músicos convidados, Tilo lançou mais dois álbuns nos anos seguintes, “Einsamkeit” (1992) e “Satura” (1993), que reafirmaram o lirismo e melancolia do primeiro. Quando Tilo estava para sair na turnê de divulgação com o Lacrimosa, ele chamou a tecladista finlandesa Anne Nurmi, que tocava na banda Two Witches. Terminado o trabalho, Tilo resolveu convidá-la para integrar a Lacrimosa permanentemente, já que a parceria tinha sido muito especial. Anne largou a Two Witches e se juntou a Tilo.

A primeira gravação da nova formação foi o single “Schakal”. Mas foi com “Inferno”, que chegou às lojas em 1995, que o grupo alcançou uma popularidade maior. Com um som mais próximo do hard rock sem perder as referências na música clássica, o disco esteve no topo das paradas alternativas da Europa. Além das composições em alemão e inglês de Tilo, Anne começou a compor em finlandês. No ano seguinte, a Lacrimosa recebeu o prêmio Alternative Rock Music Award dado por uma revista alemã.

Com o disco “Stille” (1997), a banda conseguiu alcançar também o público de heavy metal, e foi seguido pelo álbum duplo ao vivo, “Live”. A banda inovou e usou de criatividade nos álbuns seguintes e , em “Alleine Zu Zweit”, tiveram convidados especiais, os integrantes da Orquestra Sinfônica de Londres. Uma espécie de ópera rock em 3 atos foi incluída em “Elodia”, com uma história de amor com começo, meio e fim.

O aniversário de 10 anos de carreira não passou em branco. O Lacrimosa lançou um vídeo com apresentações que pontuaram a história da banda, “The Live History 2000”. A carreira de sucesso incluiu boas posições nas paradas alternativas européias e turnês lotadas pelo continente e alcançaram também popularidade fora da Europa.

Em 2001 o álbum “Fassade” é lançado trazendo duas músicas que se tornaram obrigatórias: “Liebspiel” e “Der Morgen Danach”, consolidando a fusão entre Gótico e Metal na sonoridade do Lacrimosa. Dois anos depois, em janeiro de 2003, foi lançado o álbum “Echoes” e o grupo anuncia uma pequena turnê pela América Latina. Finalmente os fãs brasileiros têm a oportunidade de ver o grupo. Velhos e novos fãs encheram a casa de shows Olympia, em São Paulo, no dia 28 de julho de 2004 em uma memorável apresentação. Quem esteve presente pôde conferir um ótimo show e ver no rosto de Tilo Wolff o quanto o entusiasmo e devoção da platéia agradou o vocalista.

Tilo lança um novo projeto musical em outubro de 2004. É o primeiro CD do Snakeskin, “Music For the Lost”, mais voltado para o som eletrônico. Dois anos mais tarde, em outubro de 2006, o segundo CD do Snakeskin seria lançado, “Canta ‘Tronic”.

“Lichtgestalt”, o 11º trabalho do Lacrimosa, foi lançado em maio de 2005 e traz oito faixas, sendo que a letra da última música, “Hohelied der Liebe”, foi retirada da Bíblia: I Coríntios, cap.13, versículos 1-13. A turnê desde álbum é registrada para o lançamento de um disco ao vivo.

Em Junho de 2007 o Lacrimosa lança “Lichtjahre”, CD e DVD duplo ao vivo que mostra como a banda consegue unir melancolia, beleza, lirismo, força, suavidade e peso em suas canções também no palco. Após o lançamento de “Lichtjahre”, Tilo e Anne anunciam uma turnê mundial e pela segunda vez o Brasil está incluído no roteiro.

Desta vez o Lacrimosa se apresenta em 04 de outubro na capital paulista, dividindo o palco com o Hammerfall e provando que toda boa música pode conviver com outros estilos e não deve ficar segregada a apenas um tipo de público.