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Biografia de Léo Maia

Foi no outono de 1976, no dia 11 de Março, que nasceu no Rio de Janeiro, Márcio Leonardo. Naquele dia, a música e a alegria marcaram a sua chegada ao mundo. A Maternidade, em Botafogo, tremeu com a festa que Tim Maia, Cassiano e Paulinho Guitarra fizeram para comemorar seu nascimento. "Éramos muito apegados”, conta Leo Maia.

Ser filho do cantor Tim Maia, que morreu em 1998, aos 55 anos, não é moleza. Para Leo Maia, os dois sempre tiveram forte ligação espiritual. Místico, o Síndico da MPB profetizou o futuro do filho ao gravar a canção “Márcio Leonardo e Telmo”, no álbum Tim Maia, lançado em 1976, pela gravadora Universal. Num dos trechos, ele diz: “O Márcio Leonardo veio na Seroma pra brincar! O Márcio Leonardo veio na Seroma pra tocar seu violão, seu piano!”

“Leo” foi o apelido que o cantor recebeu ainda na infância. Era uma criança normal e alegre. Ele, durante os ensaios da banda Vitória Régia, costumava dormir sobre os rolos de fios. Pegou num violão pela primeira aos 7 anos – aprendeu com o pai a tocar o instrumento, e logo de cara tirou os acordes da música “Sossego”. “Meu pai foi entregador de marmitas. Não esqueço minhas origens. Como eu, gostaria que outras crianças e jovens carentes tivessem a oportunidade de entrar em contato com a música. É uma opção transformadora”, comenta o cantor.

Sopro do dragão - Leo Maia
Cada vez mais samba soul, cada vez mais intuitivo. Assim pode se descrever a fase atual de Leo Maia, que lança o 3º CD “Sopro do dragão” (LGK Music/Som Livre). Das 14 faixas, 11 são inéditas, sendo nove de autoria de Leo, como “Bendita gafieira”, “Funk na laje”, “Ela dança gafieira” e “Amor à moda antiga”, essa última em parceria com Seu Jorge. Cássio Calazans e Jerônimo também são parceiros de Leo em "I go I go" e "Amor em movimento", respectivamente. O disco traz ainda a regravação de "Homem do espaço", de Jorge Benjor. Segundo o cantor e compositor, o novo trabalho está voltado para as raízes, com muito samba soul e gafieira impregnados da alma black music. Os arranjos são de Julinho Teixeira, que também toca teclados no disco, que conta com Jamil Jones (baixo), Marcos Suzano (percussão), Serginho Trombone (metais) entre outros músicos.

Cidadão do Bem
Depois de dois anos pesquisando e compondo o repertório de “Cidadão do Bem”, o cantor LEO MAIA, herdeiro musical de TIM MAIA, e a LGK Music lançaram em 2008, com distribuição da gravadora Som Livre, seu segundo CD.

Black Music, Rock´n Roll e Soul. Estes são os ritmos do novo trabalho de Leo Maia. O músico continua no curso que sempre defendeu em quinze anos de carreira, entretanto, desta vez, tudo tem ainda mais a sua cara porque a produção do disco é assinada por ele sob a direção de seu mestre, Líber Gadelha, produtor musical e diretor artístico.

No repertório, toda a alma do Soulman que apresenta oito canções autorais, além de regravações como "Baby" de Caetano Veloso, "Como Vovó Já Dizia" de Raul Seixas e Paulo Coelho e para estourar, a interpretação de "Eu Amo Você", de Cassiano e Rachael, sucesso do pai, gravado no seu primeiro LP, de 1970.

Cavalo de Jorge
lançado pela Indie Records, em 2005, foi o primeiro disco do cantor e compositor Leo Maia, que reuniu 13 canções, das quais oito próprias. Com o trabalho, ele mostrou que pode simplesmente ter a influência do pai, sem necessariamente revisitar a obra dele. Mas é o suingue que lhe corre pelas veias é que fala mais alto. "Sou cria de baile", define-se. "A maior contribuição do meu pai foi conciliar a soul music internacional com a MPB. Essa foi a grande sacada." E essa é sua fonte primordial para fazer música, apesar de ele preferir não se associar diretamente a um ou outro estilo. "Definir um estilo para mim é complexo. Sou mutante, artista tem de ser mutante, experimentar. Sou operário da música e fã dos mestres", afirma o artista.

No álbum, Leo vestiu o suingue de rock, samba, soul, groove e até reggae. "O suingue é inerente, está em qualquer estilo." Começou bem, com o contagiante rock-soul “Doidão”. Exibiu plena afinidade com o groove em faixas como “Ela Dá um Show” e “Soul Plebe”, e para provar que não está fechado a estilos, arriscou no campo romântico na balada “História de Amor”, que foi tema de Malhação, na Globo.